Do Estadão: Em representação à Corregedoria Nacional do Ministério Público contra sua antecessora – a procuradora da República Eugênia Gonzaga -, o presidente da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, Marco Vinícius Pereira de Carvalho, chamou de ‘desmandos’ investigações abertas para apurar assassinatos e torturas durante a ditadura militar. Ele também questiona a distribuição de certidões de óbito a familiares de mortos no período (1964-1985), e despesas com eventos.
Segundo Carvalho, que foi indicado pela ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, o reconhecimento da morte das pessoas ‘em tais circunstâncias é por demais temerário’. Ele avalia que familiares usem os documentos para pedir indenizações à Comissão de Anistia. No documento, se pronuncia contra a instauração de procedimentos sem que haja pedidos dos familiares.
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Eugênia presidiu a Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos de 2014 até agosto de 2019, quando foi exonerada após ter se manifestado publicamente em defesa da família e da memória do desaparecido político Fernando Santa Cruz, em razão do ataque do presidente Jair Bolsonaro ao presidente da OAB.
Ela rebate Carvalho, e ressalta que ainda não foi intimada. “Não satisfeitos em frustrar, acho que eles querem criminalizar quem atuou em sentido contrário. Para mim, improbidade é assumir uma Comissão e acabar com o sentido dela. Você não está para acabar com ela”.
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