O continente africano terá uma Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior: a Capes África. A instituição atenderá 19 centros de pesquisa a serem montados pelo Banco Mundial em dez países africanos, entre eles Nigéria, Quênia e Moçambique.
A novidade foi anunciada pelo presidente da Capes, por Jorge Guimarães, durante a cerimônia de entrega da Medalha Henrique Morize, no dia 23/5, no Rio de Janeiro. Na ocasião, o gestor foi homenageado pelos seus 10 anos à frente da Capes. O presidente da Capes também recebeu uma comenda da Ordem do Mérito José Bonifácio, honraria máxima da UERJ que já foi concedida a presidentes da República.
De acordo com Jorge Guimarães, a Capes África “será um ‘clone’ da nossa Capes ou algo semelhante com o mesmo modelo”, declarou. Para definir o formato que será adotado, uma comitiva com especialistas de diferentes áreas segue para Dakar no próximo dia 9 de junho.
Além de apresentar o projeto Capes África, em seu discurso, Jorge Guimarães destacou os desafios que ainda tem pela frente. “Hoje 8,5% da população brasileira tem nível superior, mas temos uma educação básica extremamente frágil. Precisamos de avanços enormes nessa área, diante disso não podemos cansar”, afirmou
Gestão
Durante a gestão de Guimarães, a Capes teve um aumento substancial de seu orçamento, que cresceu seis vezes. A última década foi marcada pelo crescimento de nossa produção científica e do número de revistas brasileiras indexadas internacionalmente.
Hoje, a produção científica do Brasil corresponde a 2,7% no ranking mundial, enquanto que no início da presidência de Jorge Guimarães esse percentual se aproximava de 1%.
Em várias áreas do conhecimento, houve ainda melhora expressiva do número de citações de nossos artigos em revistas qualificadas internacionalmente em relação à média mundial.
Fonte: Portal Brasil com informações da Capes e do Jornal da Ciência