A prática antissindical de impedir os diretores do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Joinville e Região (Sinsej) de entrar nos locais de trabalho, tendo acesso aos servidores e seus ambientes de trabalho tem se tornado comum em diversos setores da Prefeitura de Joinville. A imprensa da cidade também está sendo privada de verificar a situação das unidades públicas.
Na manhã de sexta-feira (1º/9), na Unidade Básica de Saúde Costa e Silva, um trabalhador pediu a presença do sindicato em reunião que discutiria a escala dos Agentes Comunitários de Saúde (ACSs) na recepção – o que é um flagrante desvio de função. Chegando ao local, no entanto, os dirigentes do Sinsej foram impedidos pela chefia de participar. Não bastasse, a coordenadora da unidade afirmou que irá aplicar uma medida corretiva ao trabalhador que contatou a entidade.
Ainda na sexta-feira (1º), outro diretor do sindicato foi impedido de entrar na Subprefeitura do Vila Nova, onde os trabalhadores protestam contra a falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). Com o portão da unidade fechado, o subprefeito afirmou que, por ordem do próprio prefeito Udo Döhler, o sindicato não poderia entrar.
A mesma situação tem sido recorrente no Hospital Municipal São José, onde seguranças impedem a entrada não apenas da entidade sindical, mas também da imprensa. Com isso, a Prefeitura busca esconder da população problemas como a constante superlotação, falta de macas, equipamentos e servidores. Procura ainda, impedir a organização da categoria contra o abandono do serviço público.
O Sindicato dos servidores denuncia e repudia esta prática, que fere preceitos constitucionais de liberdade de atuação sindical e determinações da Organização Internacional do Trabalho, além de desrespeitar a liberdade de imprensa.
Fonte: Sinsej