A Prefeitura de Balneário Camboriú, em conivência com a Fundação Cultural da cidade, mandou fechar a Exposição Coletiva Ruína um dia após ser aberta, na Galeria Municipal de Artes. A mostra foi organizada por 12 artistas, que financiaram o trabalho com recursos próprios.
A mostra incomodou por trazer imagens de órgãos genitais, como a foto de uma vagina depois de uma cesariana, parte de um trabalho sobre cicatrizes, e a imagem de um ânus. A produtora executiva Luluca L., e também artista integrante da exposição, responsável pela obra Buraco, enfatiza que nunca foi fácil para as propostas dissidentes e decoloniais encontrarem lugar de fala no sistema de arte. Ela explica que a obra Buraco é conceitual e serve de metáfora para muitas coisas, para um buraco no teto da Galeria Municipal de Artes, que desabou no mesmo dia em que artistas desmontaram uma mostra, para o momento político que passamos com o presidente e o seu guru constantemente falando com o cu na boca.
A exposição tinha classificação indicativa para maiores de 18 anos. Os 12 artistas reclamam que ainda hoje não receberam uma explicação nem da Prefeitura, nem da Fundação Cultural, e avaliam a situação como um atropelo e um total desrespeito com a arte local.
Na próxima sexta-feira 28, às 18h, os artistas da Exposição Ruína vão se reunir em frente à Galeria Municipal de Arte para uma conversa sobre o projeto, a liberdade de expressão artística e a necessidade de um posicionamento do poder público.
A Prefeitura de Camboriú é comandada por Fabrício Oliveira, do PSB, mas aliado de Jair Bolsonaro e presente, no dia 3 de fevereiro, na fundação do partido Aliança pelo Brasil da cidade.
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Incrível ….Portinari e Mabe se debatendo no caixão….se hj isso é arte…o que era o que eles pintavam?