Por Roberto Liebgott e Ivan Cesar Cima, Cmi Sul – Equipes Porto Alegre e Frederico Westphalen.
O anúncio da criação do Ministério dos Povos Originários tem gerado boas expectativas, mas também desejos oportunistas aos cargos e funções.
Que essa proposição não seja mais uma daquelas iscas lançadas em águas profundas, penduradas em anzóis pontiagudos e letais.
Ou seja, os povos precisam se organizar fortemente em torno de pautas comuns que lhes assegurem a defesa dos direitos e da Mãe Terra.
Não se trata agora de discutir cargos, privilégios e ou passíveis beneficiados, mas pensar naqueles e naquelas que estão entre a possibilidade de uma existência futura ou o seu fim.
Aquelas e aqueles que têm seus territórios invadidos, seus corpos agredidos e suas esperanças dilaceradas.
O Brasil que se quer é o da justiça, do respeito aos povos, suas culturas, modos de ser e às vidas – tanto humanas como as demais, as milhares delas, em suas diversidades e potencialidades.
É chegada a hora de projetar as causas de vida e não a divisão – entre os pobres, pretos, quilombolas e indígenas – pois esta poderá ser-lhes fatal.
Não se deve regredir, caso isso venha a ocorrer, aniquilam-se à aplicação da Constituição Federal, a garantia dos direitos individuais e coletivos dos povos e se exaltará o individualismo, o adesismo abusivo à produtividade e ao capital da morte.
Não às iscas e anzóis que podem ser divisionistas, mas sim à demarcação das terras, a titulação dos territórios e a defesa dos Direitos Originários contra o Marco Temporal.
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