Povo Mbya Guarani no Vale do Ribeira/SP, se mobiliza contra a tese genocida do Marco Temporal

Fotos: Amanda Signori/Cimi Sul /Equipe Vale do Ribeira.

Por Claudia Weinman, com informações e fotos de Amanda Signori.

O povo Mbya Guarani, da região Vale do Ribeira, em São Paulo, também se mobiliza e manifesta seu apoio ao grande movimento que acontece em Brasília e que reúne mais de seis mil indígenas de 173 povos, contra a tese genocida do Marco Temporal e em defesa da vida de todos os povos. A mobilização no Vale do Ribeira acontece na Terra Indígena Ka’aguy Hovy, município de Iguape e conta com a presença das comunidades Kaguy Poty, Yvyty Mirim, Jejyty e Itapoã.

Na luta pela vida e contra os projetos da morte, os povos indígenas concentram forças  em diversos territórios do país. Em Brasília, um grande acampamento foi retomado no domingo, dia 22 e já reúne aproximadamente seis mil indígenas, de mais de 173 povos.

Repercussão Geral

Via: Terra de Direitos.

A agenda de luta dos povos indígenas é extensa e deve permanecer em Brasília até outubro om diversas atividades e mobilizações diferenciadas. Até o dia 28 de agosto pelo menos, a mobilização é contra a tese do marco temporal, que faz parte de uma agenda anti-indígena que está em curso. O julgamento considerado “do século”, está na pauta do Supremo Tribunal Federal (STF) na data de hoje, dia 25 de agosto e pode definir pela ampliação ou não do genocídio indígena. Nesse caso, a Corte vai analisar a ação de reintegração de posse movida pelo governo de Santa Catarina contra o povo Xokleng, referente à TI Ibirama-Laklãnõ, onde também vivem os povos Guarani e Kaingang. Em 2019, o STF deu status de “repercussão geral” ao processo, o que significa que a decisão servirá de diretriz para a gestão federal e todas as instâncias da Justiça no que diz respeito aos procedimentos demarcatórios.

Conforme divulgado pela assessoria de comunicação do acampamento Luta pela Vida, “mais de 160 mil pessoas assinaram uma carta aberta ao Supremo Tribunal Federal (STF) manifestando sua posição contra a tese do chamado “marco temporal” e pedindo que a Corte proteja os direitos constitucionais dos povos indígenas, sob grave ameaça neste momento no Brasil”.

Leia na íntegra o documento

Conheça os elementos das 10 teses defendidas pelos ruralistas e porque representam o genocídio dos povos indígenas:

Acompanhe as fotos da mobilização dos povos indígenas em SP:

Fotos: Amanda Signori/Cimi Sul /Equipe Vale do Ribeira.

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