Naquela que já é considerada “uma das maiores greves gerais realizadas em Portugal”, os transportes, as escolas, as universidades, os hospitais, os serviços e muitas fábricas paralisaram. Disponibilizamos aqui as informações que foram chegando das várias regiões.
Lisboa
Na capital do país, os transportes estão paralisados: no aeroporto não descolam e nem aterram aviões, o Metro está fechado desde as 23h30 de quarta-feira, as ligações fluviais no Tejo estão encerradas devido à adesão total à greve dos trabalhadores da Soflusa e da Transtejo e nas estações ferroviárias não circulam comboios. Alguns autocarros da Carris circulam a conta-gotas.
Hospitais asseguram apenas os serviços mínimos. Inúmeras escolas e faculdades estão sem aulas.
Porto
Na cidade do Porto só funcionou a linha amarela do Metro, em troço e oferta reduzida, com tempos de espera superiores a 30 min, mas nos autocarros da STCP, a adesão à greve foi próxima dos 100 por cento. O porto de Leixões e o aeroporto Francisco Sá Carneiro estiveram praticamente paralisados. Adesão de 70 por cento nos serviços de sáude, incluindo hospitais, há escolas fechadas e faculdades sem aulas com piquetes à porta que reúnem professores e alunos.
No privado, a adesão à greve foi em alguns casos superiores a 40/50 por cento, com destaque para os setores da metalurgia, construção, indústrias elétricas, pequeno comércio ou restauração.
A concentração do Porto reuniu milhares de trabalhadores, levando a polícia a fechar ao trânsito a praça da Liberdade e o troço sul da Avenida dos Aliados.
Faro
O aeroporto de Faro está sem tráfego de aviões comerciais e a paralisação dos comboios é total com a adesão dos trabalhadores à greve geral, informa a União dos Sindicatos do Algarve (USAL), da CGTP. A frota de pesca de Olhão estava parada a 50 por cento e a de Tavira a 100 por cento e as lotas de Tavira e Santa Luzia estavam encerradas.
Nos concelhos de Loulé, Vila Real de Santo António, Lagos, Lagoa e Silves a recolha de lixo está ser bastante afetada e apenas um carro, em cada concelho, assegura os serviços mínimos. Os mercados municipais de Silves e Lagos estão encerrados, bem como o hospital de Silves, que registou uma adesão de 100 por cento.
A União dos Sindicatos do Algarve informou que das 83 escolas da região, 53 estão fechadas devido à greve geral.
Aveiro
A greve geral neste distrito paralisou os transportes urbanos e encerrou várias escolas e um centro de saúde, além de se registar o funcionamento de serviços mínimos nos hospitais e significativa adesão na indústria, segundo a CGTP.
Já na indústria, a greve registou uma adesão de 75 por cento na Renault CACIA, onde a administração tentou impedir a entrada nas instalações do piquete de greve, o que levou a que fosse pedida a intervenção da GNR. Na GROHE, em Albergaria-a-Velha, a adesão à greve foi de 60 por cento. No setor da cortiça, registaram-se adesões de 50 por cento na AMORIM CORK, de 65 por cento na GRANORTE e de 80 por cento na SOCORI. Na AMORIM Revestimentos, a greve teve uma adesão 90 por cento. Na ICAL nenhum dos trabalhadores pegou ao serviço e na Indústria Corticeira de Lourosa a adesão foi de 96,25 por cento.
No setor do Calçado, em Santa Maria da Feira duas empresas registaram os 100 por cento de adesão à greve, a CHRISTIAN DIETZ e a GLESSMIONI, enquanto na MOVE ON a adesão foi de 90 por cento.
Guarda
Na Guarda, por exemplo, o Museu do Coa encontra-se encerrado e algumas escolas têm as portas fechadas. A greve também está a afetar o Centro Educativo do Mondego e originou o encerramento do Centro Escolar de S. Romão, em Seia. Estão fechadas as escolas do 1.º ciclo do ensino básico Augusto Gil e Adães Bermudes, na Guarda, e a escola de Lageosa do Mondego, em Celorico da Beira.
No Hospital Sousa Martins, a adesão dos profissionais de sáude é de 62,5 por cento, tendo sido registada uma adesão de 100 por cento em 11 de um total de 19 serviços hospitalares.
Viana do Castelo
Os estaleiros navais ou a fábrica de armas Browning são dois dos exemplos de empresas totalmente paradas em Viana do Castelo, além de tribunais e escolas, devido à greve geral desta quinta-feira. Os serviços de recolha de lixo, abastecimento de água e várias escolas e tribunais por todo o distrito também estão encerrados devido à greve.
Na estação de Comboios da cidade realizaram-se apenas os serviços mínimos, com quatro ligações logo ao início da manhã, estando previsto mais uma ligação à tarde.
Setúbal
O coordenador da União de Sindicatos de Setúbal (USS), Rui Paixão, informou que a greve geral no distrito está a registar uma adesão superior ao que se verificou na anterior paralisação, realizada há um ano. No parque industrial da Autoeuropa, no conjunto das empresas que estão instaladas junto à fábrica de automóveis de Palmela, a adesão a esta greve também é bastante superior à greve de 2010.
No setor ferroviário a adesão à greve também é muito significativa, dado que até agora só circulou um comboio na linha do Sado, entre Barreiro e Praias-do-Sado. “Também não há comboios de mercadorias apesar de a CP Carga ter avançado com serviços mínimos”, disse.
Na Lisnave, registam-se adesões de praticamente 100 por cento, com a produção completamente paralisada.
Vila Real
Neste distrito, o setor mais afetado foi o da saúde, com dois centros de saúde encerrados e os hospitais com serviços na ordem dos 30 por cento. Mas, no Centro Hospital de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD), o bloco operatório e a consulta aberta do Hospital da Régua estão fechados. No hospital de Vila Real, a adesão à greve rondou os 31 por cento nos turnos da noite e da manhã e, em Chaves, no turno da noite 89 por cento dos enfermeiros não foram trabalhar, números que desceram para os 35 por cento durante a manhã. Nas escolas de Vidago, Mondim de Basto e as secundárias de Vila Real, São Pedro e Camilo Castelo Branco entre 30 a 40 por cento dos docentes fizeram greve.
Coimbra
No concelho de Coimbra, 95 por cento dos autocarros dos Serviços Municipais de Transportes Urbanos que deveriam estar a circular não saíram. A adesão à greve geral no setor da recolha do lixo superou os 90 por cento.
Várias escolas encerradas, entre as quais a da Quinta das Flores e Alice Gouveia, e outras com elevados índices de adesão à greve, como é o caso da Jaime Cortesão, que registou 90 por cento. A empresa municipal Águas de Coimbra registou uma adesão de 57 por cento e o departamento de jardinagem da Câmara Municipal uma taxa de 74 por cento.
Empresas privadas na área dos transportes urbanos, como a Transdev e Moisés Correia de Oliveira, registaram índices de adesão de 60 e 95 por cento, respetivamente.
Em frente ao Centro de Estudos Sociais, os bolseiros de investigação científica concentraram-se “em greve, pelo direito à greve”, contando com a solidariedade de alguns professores.
Viseu
Neste distrito há mais de 30 escolas e jardins de infância fechados e muitos outros a funcionar com menos de metade da sua capacidade. Os serviços de finanças de Penalva do Castelo e de Mortágua também não abriram portas.
Na área da saúde, na urgência básica de Moimenta da Beira a adesão dos profissionais de enfermagem à greve foi de 100 por cento, assim como no SAP de Mangualde e no Hospital de Lamego. No Hospital de Viseu só estão 30 por cento dos profissionais e no de Tondela 10 por cento. Há várias oficinas fechadas.
Castelo Branco
Para já, sabe-se que neste distrito estão encerradas ou sem atividades letivas o Pólo da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade da Beira Interior e várias escolas secundárias, básicas e do 1.º ciclo. No hospital do Fundão, a adesão dos enfermeiros foi de 100 por cento.
Beja
Escolas, câmaras e bancos fechados são os efeitos mais visíveis da greve geral no distrito de Beja. As taxas de adesão à greve no distrito são “significativas”, sobretudo no setor público e nas áreas da educação e da administração local.
As câmaras municipais de Alvito, Castro Verde, Moura e Serpa estão fechadas e as taxas de adesão à greve nas restantes autarquias do distrito são “superiores a 85%”. Mais de 50 estabelecimentos de ensino fechados, sobretudo jardins de infância e escolas básicas nos concelhos de Aljustrel, Beja, Cuba, Mértola, Moura, Odemira, Serpa e Vidigueira. Na cidade de Beja, a Escola Secundária D. Manuel I. A adesão dos enfermeiros à greve no Hospital de Beja, onde uma das salas do bloco operatório está fechada, foi de 60 por cento e no Hospital de Serpa a participação foi de 100 por cento no turno da manhã, segundo o Sindicato dos Enfermeiros.
No setor privado, a União de Sindicatos do Distrito de Beja, destacou a adesão de 90 por cento dos trabalhadores da empresa de metalomecânica pesada MPG, um dos maiores empregadores privados do concelho de Beja.
Braga
O hospital de Braga assegurou apenas os “serviços mínimos”, por causa da greve, mas, segundo a União dos Sindicatos de Braga, os serviços mínimos são extensivos os hospitais de Barcelos, Guimarães e Fafe. Também os transportes urbanos de Braga e Guimarães “estão parados”, segundo o sindicato.
No setor privado, destaque para a Delphi (50 por cento), Fehst (93 por cento), Jado Ibéria (95 por cento) e FPS (90 por cento).
Quanto aos CTT, os sindicatos referem que houve muitas estações encerradas, em resultado de uma adesão na ordem dos 95 por cento.
Bragança
A ligação aérea entre Bragança e Lisboa foi afetada, por causa da greve dos controladores aéreos. Destaque para os transportes urbanos da cidade de Bragança, que paralisaram, bem como uma linha rural. Na repartição de Finanças da cidade, a tesouraria esteve fechada.
Na Caixa Geral de Depósitos de Bragança também se registou uma adesão significativa, bem como na repartição de Finanças de Freixo de Espada à Cinta, onde a adesão rondou os 100 por cento.
No setor privado, o registo de paralisações disponíveis vai para empresa de panificação Seramota, em Mirandela, que também registou paralisação total.
Santarém
A fábrica da Mitsubishi, no Tramagal, a fábrica de serralharia Olimar e de metalurgia A. Domingos, em Alcanena e Atalaia, respetivamente, são três dos exemplos de empresas com produção parada no distrito de Santarém, além de hospitais, tribunais e escolas devido à greve geral. A empresa Águas do Ribatejo, em Benavente, foi encerrada a cadeado tendo sido a GNR a abrir as instalações.
Leiria
Várias escolas fecharam na região de Leiria: Secundária D. Inês de Castro (Alcobaça), EB 2,3 Amadeu Gaudêncio (Nazaré), Secundária Calazans Duarte (Marinha Grande), Secundária Raul Proença e EB 1 Santo Onofre (Caldas da Rainha), EB1 Colmeias e EB 2,3 Correia Mateus (Leiria). Também o Agrupamento de Escolas de Castanheira de Pera e da Escola Secundária de Peniche esteve encerrado.
Além das escolas, os efeitos da greve geral sentiram-se nos hospitais e centros de saúde, tribunais, autarquias e outras repartições do Estado, afetando ainda alguns setores privados, em especial na indústria. No porto de pesca de Peniche verificou-se também teve uma adesão “significativa” à greve. Dos 300 barcos, 265 ficaram em terra e apenas duas traineiras saíram para o mar. Adesão de 80 por cento numa empresa de conservas em Peniche e de 93 por cento numa empresa de produção de material hospitalar no Bombarral.
No setor da Saúde, a União dos Sindicatos de Leiria aponta uma adesão dos enfermeiros na ordem dos 75 por cento no Hospital de Peniche, de 80 por cento no Hospital de Pombal, de 71 por cento no Hospital de Alcobaça e de 30 por cento no Hospital de Santo André, em Leiria.
Na Câmara Municipal de Leiria encerraram os serviços de Expediente Geral, Metrologia, a Divisão de Cultura no Edifício Banco de Portugal, bem como o mIiImo – museu da imagem em movimento.
Portalegre
A greve no setor da educação, no distrito de Portalegre, registou uma adesão de cerca de 40 por cento. No entanto, no setor dos serviços auxiliares da educação a adesão situou-se nos 66 por cento. Encerraram as escolas de Arronches, Gavião e Portagem (Marvão), bem como o jardim de infância de Monforte.
No Hospital de Portalegre a adesão a greve rondou os 65 por cento, enquanto no Hospital de Elvas, entre os enfermeiros, auxiliares e técnicos de saúde, situou-se nos 80 por cento. O centro de saúde do Crato esteve totalmente encerrado.
A recolha de lixo no norte alentejano foi, por sua vez, um dos setores que registou uma maior adesão à greve, uma vez que os trabalhadores de nove dos quinze concelhos que compõem o distrito de Portalegre aderiram ao protesto. Não houve recolha de lixo em Alter do Chão, Avis, Campo Maior, Castelo de Vide, Crato, Gavião, Marvão, Monforte e Nisa. Os transportes urbanos em Portalegre estiveram totalmente paralisados.
Évora
Com uma adesão superior à registada há um ano, a greve geral desta quinta-feira fechou autarquias e escolas e deixou outros serviços públicos a funcionar a “meio gás” no distrito de Évora.
Na área da educação, os sindicatos apontam a existência de “muitas escolas e jardins de infância fechados”, incluindo na cidade de Évora, tal como acontece na administração local, onde ficou por fazer a recolha do lixo e a adesão “é superior a 80 por cento” no distrito.
A adesão à greve no Tribunal Judicial de Évora atingiu os 40 por cento. No setor da saúde, ocorreram “pressões” sobre assistentes operacionais nas urgências do Hospital de Évora para “fazerem todo o trabalho, apesar de apenas estarem a assegurar os serviços mínimos”, dizem os sindicatos.
Açores
A greve geral deste ano superou a de 2010 e encerrou centros de saúde, autarquias e escolas nos Açores. “Há centros de saúde, escolas e autarquias com a totalidade dos serviços encerrados”, afirmou Graça Silva, em declarações à Lusa, frisando que “a perceção até ao momento indica que o setor público foi onde se registou uma maior adesão.
A área operacional do Porto da Horta, na ilha do Faial, esteve encerrada, estando apenas a ser garantidos os serviços mínimos.
Madeira
A geral geral afetou por completo o movimento no aeroporto e o porto do Funchal. No âmbito da justiça, no Ministério Público do Funchal e Santa Cruz, assim como no Tribunal Administrativo e Fiscal do Funchal, apenas foram assegurados os serviços mínimos. Em seis estabelecimentos de ensino público e noutros dois particulares não houve aulas, tendo sido encerradas três escolas privadas. No setor da saúde a greve não teve grande expressão.
Fonte: http://www.diarioliberdade.org/index.php?option=com_content&view=article&id=21961:portugal-o-pais-em-greve-geral-dados-por-regioes&catid=233:reportagens&Itemid=156
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