A greve geral de quarta-feira dia 14 de novembro, convocada em Portugal unicamente pela CGTP, incluirá mobilizações em não menos de 12 distritos do país, nos quais estão agendadas 39 concentrações e manifestações.
Aveiro, Beja, Braga, Bragança, Castelo Branco, Coimbra, Évora, Viana do Castelo, Vila Real, Viseu, Açores e Madeira são os distritos em que a CGTP, apoiada em trabalhadores, desempregados e pensionistas, levará às ruas o protesto que levou à marcação da greve geral. Em Lisboa, a mobilização central da jornada está marcada para as 14:30, na praça do Rossio.
A principal central sindical portuguesa anunciou a 03 de outubro a realização de uma greve geral para o próximo dia 14 de novembro, contra as medidas de austeridade que têm sido impostas ao país e por novas políticas económicas e sociais.
Aquando do anúncio desta ação de luta, Arménio Carlos, líder da CGTP, apelou à convergência do movimento sindical na greve geral, dia em que garantiu não ser apenas de protesto mas também de propostas alternativas para o país.
A greve geral, a segunda desde que Arménio Carlos assumiu a liderança da Intersindical, tem como lema “Contra a Exploração e o Empobrecimento, Mudar de Política – Por um Portugal com Futuro”.
“Esta não é uma greve só de protesto, é sobretudo uma greve de propostas alternativas para o país”, disse Arménio Carlos na altura, lembrando que a central sindical apresentou recentemente um conjunto de propostas alternativas às medidas de austeridade que o Governo tem vindo a apresentar.
Essas propostas têm vindo a ser reforçadas desde que o Executivo entregou a proposta do Orçamento do Estado para 2013 no Parlamento, entretanto aprovado na generalidade, e que está agora a ser discutido na especialidade, cuja votação final está agendada para 27 de novembro.
Trata-se da segunda greve geral que ocorre em Portugal este ano e a nona convocada pela CGTP. A última [greve geral] realizou-se a 22 de março contra o empobrecimento, o agravamento da legislação laboral, das condições de vida e do desemprego.
À semelhança do protesto de março, a UGT não se junta a esta greve, ao contrário do que aconteceu a 24 de novembro de 2011 e de 2010. No entanto, vários sindicatos da UGT entregaram pré-avisos de greve para o dia 14 de novembro.
Desde que a central sindical liderada por João Proença assinou o acordo para a Competitividade, Crescimento e Emprego, que está na origem da revisão da legislação laboral, que as relações entre UGT e CGTP estão ‘fragilizadas’.
Fonte: Diário Liberdade
Com agências