Paredes da escola nos Olivais, em Lisboa, foram vandalizadas durante a madrugada desta sexta-feira com mensagens racistas e xenófobas. Alunos juntaram-se para “reduzir ao esquecimento” as palavras deixadas.
Por Diogo Camilo.
Alunos e funcionários da Escola Escola Eça de Queiroz, em Lisboa, juntaram-se esta sexta-feira para pintar as fachadas do estabelecimento, vandalizado durante a madrugada com mensagens racistas e xenófobas.
Em mensagem nas redes sociais, o Agrupamento de Escolas Eça de Queiroz, nos Olivais, indica que este é um “testemunho de cidadania ativa” assente em “valores da democracia e da inclusão”.
Em mensagem nas redes sociais, o Agrupamento de Escolas Eça de Queiroz, nos Olivais, indica que este é um “testemunho de cidadania ativa” assente em “valores da democracia e da inclusão”.
Um professor da escola deixou também uma mensagem nas redes sociais da escola, classificando as mensagens escritas nas paredes como “apregoado patriotismo estúpido e alarve, mas sem sentido ou cabimento”.
Acúrcio Domingos conta que a iniciativa de pintar as paredes desenhou-se durante uma aula de Moral, para “tapar a vergonha” que estava escrita, e finaliza: “uma escola com alunos destes vale a pena e garante futuro”.
“Foi essa a imagem poderosa que encontrei a sair da Eça. Uma brigada de alunos, juntamente com o senhor Vítor, cuidavam de reduzir ao esquecimento, em plena luz do dia, o que os ignorantes queriam prolongar em tempos de trevas”, escreveu.
Além da escola dos Olivais outras duas, em Portela e Sacavém, terão sido vandalizadas com mensagens racistas e xenófobas, assim como a Universidade Católica.