O governo de Donald Trump deportou injustamente cidadãos sem provas, acusando-os de estarem ligados ao Trem de Aragua, sendo um dos casos mais ultrajantes o de Neri Alvarado, um migrante venezuelano honesto enviado para a megaprisão de El Salvador apenas por ter tatuagens.
O migrante venezuelano, que trabalhava como padeiro em Dallas, foi detido pela Polícia de Imigração e Alfândega (ICE por suas siglas em inglês) em fevereiro. Durante seu interrogatório, os agentes o questionaram sobre suas tatuagens, uma das quais é uma fita de conscientização sobre o autismo em homenagem a seu irmão de 15 anos.
Após verificar seu telefone e não encontrar nenhuma ligação com o Trem de Aragua, um agente lhe garantiu que ele não tinha nada a ver com a gangue. No entanto, dias depois, ele foi transferido sem explicação para a megaprisão em El Salvador.
A deportação de Alvarado e de outros 238 migrantes venezuelanos para El Salvador responde a uma estratégia do governo Trump para justificar sua política de imigração repressiva. De acordo com fontes judiciais, a operação foi negociada em segredo durante semanas, com a participação do Secretário de Estado Marco Rubio.
Migrantes venezuelanos em El Salvador
O Centro de Confinamento de Terrorismo (CECOT) é conhecido por suas condições desumanas. Os prisioneiros são superlotados, privados de visitas e submetidos a tratamento degradante. Um fotógrafo da revista Time confirmou que os venezuelanos foram espancados e humilhados ao chegarem à prisão.
Uma deportação injusta que mostra a brutalidade da política de imigração de Trump. A família e os parentes de Alvarado denunciaram que as autoridades enganaram os deportados, fazendo-os acreditar que voltariam para a Venezuela e não para uma prisão em El Salvador.
Neri Alvarado é apenas uma das muitas vítimas dessa política de perseguição, que busca criminalizar os migrantes venezuelanos sem provas, em uma tentativa de fortalecer a agenda xenófoba da Casa Branca.