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Por Jair de Souza.
Em setembro haverá eleições parlamentares na Venezuela e as oligarquias venezuelanas, assim como as de todos os outros países da América e, por que não dizer, as de todo o mundo, têm um objetivo muito claro: derrotar a Revolução Bolivariana liderada por Hugo Chávez.
Mas, qual é a razão para tanta sanha contra um processo político em curso em um pequeno país da América Latina? A verdade é que não faltam motivos para as oligarquias do mundo inteiro odiarem a Revolução Bolivariana e seu máximo expoente. Depois do desaparecimento da União Soviética e do bloco de países “socialistas” de sua órbita, tudo vinha às mil maravilhas para os interesses das grandes corporações capitalistas multinacionais. O chamado Consenso de Washington parecia estar sendo aceito por todos os lados sem questionamentos; os trabalhadores iam sendo despojados de quase todas as conquistas obtidas em séculos de árduas lutas; boa parte da outrora esquerda marxista havia capitulado e aderido à ideologia de seus ex-inimigos e passado a formar o bloco dos mais ardentes defensores do capitalismo em sua vertente mais cruel e exacerbada: o neoliberalismo. Ou seja, tudo era um mar de rosas, quando irrompeu em cena a Revolução Bolivariana, conduzida por um líder totalmente fora dos padrões aceitáveis para as elites econômicas e culturais da nova era da globalização.
Bem, já sabemos quase tudo o que se tentou sem êxito para pôr fim a esta experiência que, como eles temiam, foi contagiando outros povos e dirigentes da América Latina e pelo mundo afora. Por isso, vamos falar agora do que as forças do imperialismo e as oligarquias que operam em sua sintonia estão fazendo neste exato momento para, uma vez mais, tentar derrotar esta incômoda revolução.
Como já virou costume, o papel de vanguarda das forças reacionárias está novamente a cargo da mídia corporativa. Está em andamento uma feroz campanha midiática coordenada entre quase todos os meios de comunicação em poder das oligarquias na Venezuela e no mundo, em outras palavras, a esmagadora maioria dos meios de comunicação do planeta. Seu objetivo é isolar o Governo Revolucionário da Venezuela da opinião pública mundial para criar-lhe todo tipo de dificuldades que acabem minando sua base de apoio local e internacional.
O que se quer é passar para o mundo a idéia de que na Venezuela não há liberdade de expressão e que a mídia local está totalmente amordaçada, impedida de expressar qualquer ponto de vista que não esteja em conformidade com os interesses do governo. Poderíamos começar dizendo que realmente não há liberdade de expressão na Venezuela. Por uma simples razão: num país onde mais de 85% dos meios de comunicação televisivos e radiais, e acima de 90% dos escritos, estão em poder de grupos econômicos privados que se opõem tenazmente às políticas de inclusão social do governo, não é possível considerar que aí haja liberdade de expressão. Por outro lado, também não é justo considerar que o fato de que esta esmagadora maioria de meios em mãos de capitalistas que se opõem ao governo faça uso de sua posição privilegiada para inventar e manipular todo tipo de informação, sem nenhum apego à verdade, seja liberdade. A melhor caracterização seria mesmo “libertinagem”. Ou seja, pode-se dizer e inventar qualquer coisa, por mais falsa e fraudulenta que seja, sem arcar com nenhum ônus por isso.
É verdadeiramente divertido constatar que as televisoras, as estações de rádio, os jornais e as revistas controladas pelas oligarquias venezuelanas (a imensa maioria, como já disséramos) utilizem quase todo seu espaço para fazer as críticas mais furibundas contra o governo e, com isso, tentar demonstrar que na Venezuela não há liberdade de expressão. É possível ver, ouvir e ler coisas do tipo: “Este é um governo corrupto, ditatorial e bandido que não permite que nós digamos que este é um governo corrupto, ditatorial e bandido. Nós estamos amordaçados por esta ditadura que não permite que digamos que vivemos numa ditadura.” Parece uma idiotice? Mas é o que ocorre na Venezuela de hoje.
Que importa que tudo isso seja um absurdo? As máfias midiáticas sabem o valor que tem a máxima goebbeliana que diz “Uma mentira repetida mil vezes passa a ser uma verdade”. E é isso o que eles fazem de modo totalmente coordenado. Assim, quando um órgão oligarca da Venezuela lança uma matriz de opinião contrária ao governo, de imediato, aparecerão os meios de comunicação em poder do grupo mafioso Prisa, da Espanha, que, através de seu jornal (El País) e seus canais de televisão e estações de rádio, espalharão a mesma por todos os países da América Latina, onde este grupo mafioso possui também meios de comunicação semelhantes. Também entra em ação o grupo midiático imperialista da CNN, especialmente, mas não somente, a CNN em espanhol. É lógico que quase todos os meios de comunicação em poder das oligarquias locais nos outros países participarão entusiasticamente nesta campanha. No Brasil, estarão a rede Globo com todos os seus órgãos (TV Globo, CBN, O Globo, Rádio Globo, etc.), Rede Bandeirantes, SBT, Rede Record, RedeTV, Folha de São Paulo, e tantos outros.
O caso da vez é a publicação de uma foto macabra feita por El Nacional, um jornal da oligarquia ultradireitista da Venezuela. Uma foto manipulada do necrotério de Caracas em 2006, que o jornal queria fazer passar como se tivesse sido tirada na semana passada. A Defensoria Pública se manifestou dizendo que a publicação daquela foto era um atentado contra os direitos de as crianças e adolescentes não serem expostos a imagens que lhes possam causar traumas; protestou também pela falsificação da data. Bastou isto para que os meios de todo o mundo se levantassem em uma só voz em protesto contra a censura praticada Chávez contra a imprensa. Todos os órgãos que nunca esboçaram qualquer protesto contra a proibição que o governo dos Estados Unidos impôs sobre a divulgação de fotos que mostrem soldados estadunidenses mortos no Iraque ou no Afeganistão agora se dizem horrorizados com a manifestação da Defensoria Pública da Venezuela pela citada foto.
Curiosamente, ao mesmo tempo em que aparece em entrevista na CNN em espanhol dizendo que, apesar do descontentamento do governo, seu jornal continuaria publicando valentemente tudo aquilo que julgasse válido, o dono de El Nacional ordena que no dia seguinte o jornal saia a público com espaços em branco marcados CENSURADO para demonstrar que o governo havia proibido o jornal de publicar outras fotos ali. Tudo como se houvesse na Venezuela censura prévia como havia no Brasil na época da ditadura militar.
Mas, para que preocupar-se com a verdade quando é possível fazer valer a versão manipulada da realidade? É por isso que podemos constatar que a CBN, a Folha de S. Paulo, o Globo, o Clarín, La Nación, El País e milhares de outros órgãos por todos os lados estão hoje divulgando a versão de seu interesse. Eles sabem que esta mentira será desmascarada em pouco tempo, mas até lá terá servido para reforçar junto às pessoas menos informadas a imagem de ditador que eles querem atribuir a Hugo Chávez.
Uma outra coisa importante para a campanha da máfia midiática mundial é deixar claro que tudo que ocorre de ruim na Venezuela (seja verdadeiro ou falso) é de responsabilidade de Hugo Chávez. O encabeçamento das manchetes deverá ser sempre com a menção de Chávez. Ou seja, em lugar de DEFENSORIA PÚBLICA CONDENA PUBLICAÇÃO DE FOTO MACABRA, eles dirão CHÁVEZ PROÍBE JORNAL DE PUBLICAR FOTO. Se houver um acidente de trânsito que ocasione a morte de 20 pessoas, as manchetes deverão ser algo assim: CHÁVEZ PERMITE A MORTE DE DEZENAS DE PESSOAS. Em outras palavras, tudo deverá ser personalizado para que fique claro para o mundo que nada acontece na Venezuela sem o consentimento de Hugo Chávez, que é Chávez quem manda e desmanda por lá. Um verdadeiro ditador.
No Brasil, o passo seguinte que a máfia midiática deve dar é fazer a ligação direta de Lula e Dilma com Hugo Chávez para, assim, reforçar os temores das reginas duartes que ainda existem por aqui.
¿Por qué la mafia mediática centra fuego contra Venezuela?
Por Jair de Souza.
En setiembre habrá comicios parlamentarios en Venezuela y las oligarquías venezolanas, así como las de todos los demás países de América y, por qué no decirlo, las de todo el mundo, tienen un objetivo muy claro: derrotar la Revolución Bolivariana liderada por Hugo Chávez.
Pero, ¿cuál es la razón para tanto ensañamiento contra un proceso político en curso en un pequeño país de América Latina? La verdad es que no les faltan motivos a las oligarquías del mundo entero para que odien a la revolución Bolivariana y a su máximo exponente. Después del desaparecimiento de la Unión Soviética y del bloque de países “socialistas” de su órbita, todo andaba a las mil maravillas para los intereses de las grandes corporaciones capitalistas multinacionales. El llamado Consenso de Washington parecía haber sido aceptado por doquiera sin cuestionamientos; los trabajadores estaban siendo despojados de casi todas las conquistas obtenidas en siglos de arduas luchas; buena parte de la otrora izquierda marxista había capitulado y adherido a la ideología de sus ex enemigos y pasó a formar parte del bloque más ardiente de los defensores del capitalismo en su vertiente más cruel y exacerbada: el neoliberalismo. O sea, todo era un mar de rosas, cuando de pronto entra en escena la Revolución Bolivariana, conducida por un líder totalmente fuera de los estándares aceptables para las elites económicas y culturales de la nueva era de la globalización.
Bien, ya sabemos casi todo lo que se ha intentado sin éxito para poner fin a esta experiencia que, como temían, fue contagiando a otros pueblos y dirigentes de América Latina y por el mundo afuera. Por eso, vamos a tratar ahora de lo que las fuerzas del imperialismo y las oligarquías que operan en su sintonía están haciendo en este exacto momento para, un vez más, intentar derrotar a esta incómoda revolución.
Como ya ha devenido en costumbre, el papel de vanguardia de las fuerzas reaccionarias está nuevamente a cargo de los medios corporativos. Está en curso una feroz campaña mediática coordinada entre casi todos los medios de comunicación en poder de las oligarquías en Venezuela y en el mundo, en otras palabras, la aplastante mayoría de los medios de comunicación del planeta. Su objetivo es aislar al Gobierno Revolucionario de Venezuela de la opinión pública mundial para crearle todo tipo de dificultades que acaben por minarle su base de apoyo local e internacional.
Quieren transmitirle al mundo la idea de que en Venezuela no hay libertad de expresión y que los medios locales están totalmente amordazados, impedidos de expresar cualquier punto de vista que no esté en conformidad con los intereses del gobierno. Podríamos empezar diciendo que realmente no hay libertad de expresión en Venezuela. Por una razón muy simple: en un país donde más del 85% de los medios televisivos y radiales, y por encima del 90% de los escritos, están en poder de grupos económicos privados que se oponen tajantemente a las políticas de inclusión social del gobierno, no es posible que consideremos que ahí haya libertad de expresión. Por otro lado, tampoco es justo considerar que el hecho de que esta aplastante mayoría de medios en manos capitalistas que se oponen al gobierno haga uso de su posición privilegiada para inventar y manipular toda clase de información, sin ningún apego a la verdad, sea libertad. La mejor caracterización sería realmente “libertinaje”. O sea, se puede decir e inventar cualquier cosa, por más falsa y fraudulenta que sea, sin arcar con ningún onus por eso.
Es de veras divertido constatar que las televisoras, las estaciones de radio, los diarios y las revistas controladas por las oligarquías venezolanas (la inmensa mayoría, como ya hemos dicho) utilicen casi todo su espacio para hacer las críticas más virulentas contra el gobierno y, con ello, intentar demostrar que en Venezuela no hay libertad de expresión. Es posible ver, oír y leer cosas como: “Este es un gobierno corrupto, dictatorial y bandido que no permite que digamos que se trata de un gobierno corrupto, dictatorial y bandido. Estamos amordazados por esta dictadura que no permite que digamos que vivimos en una dictadura.” ¿Eso les parece una idiotez? Sin embargo, es lo que ocurre en la Venezuela de hoy.
¿Qué importa que todo esa sea un absurdo? Las mafias mediáticas conocen el valor que tiene la máxima goebbeliana que dice “Una mentira repetida mil veces pasa a ser una verdad”. Y es eso lo que hacen de modo totalmente coordinado. Así, cuando un órgano oligárquico de Venezuela lanza una matriz de opinión contraria al gobierno, de inmediato, aparecerán los medios en poder del grupo mafioso Prisa, de España, que, a través de su diario (El País) y sus canales de televisión y estaciones de radio, desparramarán la misma por todos los países de América Latina, donde este grupo mafioso también posee medios de comunicación similares. También se pone en acción el grupo mediático imperialista de CNN, especialmente, pero no solamente, CNN en español. Está claro que todos los medios en poder de las oligarquías locales en los otros países participarán gustosamente en esta campaña. En Brasil, estarán la Red Globo con todos sus órganos (TV Globo, CBN, O Globo, Radio Globo, etc.), Red Bandeirante, SBT, Red Record, RedeTv, Folha de Sao Paulo, y tantos otros.
El hecho del momento es la divulgación de una foto macabra por El Nacional, un diario de la oligarquía ultraderechista de Venezuela. Una foto manipulada de la morgue de Caracas en el 2006, que el diario quería pasar como si hubiera sido sacada la semana pasada. La Defensoría Pública se manifestó diciendo que la publicación de aquella foto era un atentado contra los derechos de los niños y adolescentes de no ser expuestos a imágenes que les puedan causar traumas, y protestó además por la falsificación de la fecha. Esto bastó para que los medios de todo el mundo se levantaran al unísono en protesto contra la censura practicada por Chávez contra la prensa. Todos los órganos que jamás han esbozado cualquier protesto contra la prohibición que el gobierno de los Estados Unidos impuso sobre la divulgación de fotos que muestren soldados estadunidenses muertos en Iraq o en Afganistán ahora se dicen horrorizados con la manifestación de la Defensoría Pública de Venezuela por la citada foto.
Curiosamente, al mismo tiempo en que aparece en entrevista en CNN en español diciendo que, a pesar del descontento del gobierno, su periódico seguiría publicando valerosamente todo lo que él juzgara válido, el dueño de El Nacional ordena que al siguiente día el diario saliera a público con espacios en blanco marcados CENSURADO para demostrar que el gobierno le había prohibido al diario publicar otras fotos allí. Todo como si hubiera en Venezuela censura previa similar a la que había en Brasil en la época de la dictadura militar.
Pero, ¿para qué preocuparse con la verdad cuando es posible hacer valer la versión manipulada de la realidad? Es por eso que podemos constatar que CBN, Folha de S. Paulo, O Globo, El Clarín, La Nación, El País y millares de otros órganos por todos los lados divulgan hoy la versión de su interés. Ellos saben que esta mentira será desenmascarada en poco tiempo, pero hasta entonces ya habrá servido para reforzar en las personas menos informadas la imagen de dictador que quieren atribuirle a Hugo Chávez.
Otra cosa importante para la campaña de la mafia mediática mundial es dejar claro que todo lo que ocurre de malo en Venezuela (verdadero o falso) es de responsabilidad de Hugo Chávez. Los titulares de las noticias deberán siempre mencionar a Chávez. O sea, en lugar de DEFENSORÍA PÚBLICA CONDENA PUBLICACIÓN DE FOTO MACABRA, ellos dirán CHÁVEZ LE PROHÍBE A DIARIO PUBLICAR FOTO. Si hubiera un accidente de tránsito con la muerte de 20 personas, los titulares tendrían que ser algo así: CHÁVEZ PERMITE LA MUERTE DE DECENAS DE PERSONAS. En otras palabras, todo debe ser personalizado para que quede claro para el mundo que nada ocurre en Venezuela sin el consentimiento de Hugo Chávez, que es Chávez quien manda y desmanda por allí. Un verdadero dictador.
En Brasil, el siguiente paso que la mafia mediática debe dar es hacer la junción directa de Lula y Dilma con Hugo Chávez para, de este modo, reforzar los temores de las reginas duartes que todavía existen por aquí.
Imagem: ailtonmedeiros.com.br
tODATodas las oligarquías capitalistas y grupos “familiares” corporativos buscan apoderarse de las riquezas y recursos que realmente son de las naciones y sus pueblos. Cualquier intento de un gobierno de socializar esas riquezas ha de soltar iras y denuestos contra quienes buscan el bien común (que es el menos común de los bienes a causa del egoísmo de unos pocos).
El documentalista británico John Pilger en su video “Guerra sobre la democracia” lo explica muy bien.
Para las clases ricas y para los Estados Unidos, la democracia no debe pasar por el pueblo, sino por los “partidos” y esa impresentable representatividad de unos pocos que dominan (no gobiernan) sus países.
Venezuela y Brasil son blancos estratégicos de los Estados Unidos a causa del petróleo y ya circula en las escuelas primarias de U$A un libro “Introducción a la Geografía de David Norman, donde afirma que Amazonia es una “zona internacional y bajo la “responsabilidad de las Naciones Unidas y los Estados Unidos”.
No es de extrañar que hayan instalado siete bases militares en Colombia… para agredir a los países que tengan recursos estratégicos codiciados por las corporaciones norteamericanas.
El asedio mediático es el paso previo a la agresión militar.
Chester Swann