A polícia israelense decidiu reduzir a presença de seguranças no Aeroporto Internacional Ben Gurion na quinta-feira à noite porque já não se espera mais a chegada em massa de ativistas pró-palestinos a Israel porque a maioria foi detida no exterior.
A primeira leva deve chegar entre a uma e as quatro da manhã de sexta-feira, mas a polícia acredita que só chegará um pequeno número de ativistas. Mais ativistas são esperados em Israel na tarde de sexta, mas a polícia acha que a maioria deles já foi impedida de partir dos aeroportos, depois que o ministro dos Transportes entregasse às companhias aéreas uma lista de 300 pessoas incluidas por Israel numa lista negra.
Enquanto isso, uma companhia aérea húngara impediu que vários ativistas franceses pró-palestinos abordassem um avião a Israel em Paris. Um ativista disse no aeroporto Charles de Gaulle que seu grupo tinha tentado viajar a Tel Aviv cedo na quinta-feira, mas a empresa húngara Malev lhes negou os assentos nesse voo, a pedido das autoridades israelenses. “Os activists que iriam embarar no voo da Malev tiveram sua abordagem negada porque seus nomes aparecem numa lista negra do ministério do Interior de Israel” disse Frederic Stella a Reuters, quem fazia parte do grupo.
O ministro das Relações Exteriores da França expressou a sua preocupação sobre o risco de enfrentamentos entre ativistas e as forças de segurança de Israel se os primeiros chegassem ao seu destino. “A França está preocupada com o risco de incidentes e enfrentamentos que poderiam acontecer no aeroporto de Tel Aviv na sexta-feira,” disse o porta-v0z Bernard Valero em um comunicado. As autoridades de Israel não deixarão entrar ninguém que eles considerem uma ameaça à ordem pública, disse.O ministério dos Transportes tinha solicitado às companhias aéreas que informassem as autoridades israelenses se algum dos passageiros na lista negra estivessem num dos seus voos nas próximas 24 horas e enfatizaram que não permitiriam que essas pessoas entrassem em Israel.
Efetivamente, as instruções de Israel significam que as companhias aéreas não deixarão que os passageiros tomem seus voos e assim não precisarco aceitá-los abordo quando Israel os deportasse aos seus países de origem.
Versão em português: Tali Feld Gleiser
Foto: Ariel Schalit/AP