O delegado Henrique Damasceno, responsável pelo caso Henry Borel, foi anunciado pela Polícia Civil como o novo titular da Delegacia de Homicídios (DH) da capital fluminense. Com isso, a investigação sobre a execução da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, que se arrasta desde 2018, terá seu quarto delegado.
O delegado Moysés Santana, que estava desde setembro do ano passado à frente das investigações sobre a morte da vereadora e de seu motorista, deixa o caso. Desde a execução, a investigação trocou de chefia outras duas vezes. Na época, Santana substituiu Daniel Rosa, que já havia ocupado o posto do delegado Giniton Lages, que era titular quando o crime ocorreu.
Nas redes sociais, o Instituto Marielle Franco questionou as sucessivas mudanças no comando do caso: “Trocaram o delegado do caso Marielle pela 4° vez. Já são mais de 3 anos sem respostas! Por que tantas trocas no comando das investigações? Por que tanta demora?”.
Sob Moysés Santana, a equipe investigou um possível complô entre os intermediários e os mandantes da execução, até hoje desconhecidos na investigação. Na época, o ex-PM Ronnie Lessa, atualmente preso pela morte da vereadora, apontou Adriano Magalhães da Nóbrega, ex-capitão da Polícia Militar do Rio, como responsável pelas mortes.
Lessa e o também ex-PM Élcio Queiroz estão presos desde 2019 e vão a júri popular por terem matado Marielle e Anderson, mas até hoje as sucessivas equipes de investigação não elucidaram quem foram os mandantes da execução.