Polícia do DF reprime com violência ato contra PL da terceirização

Captura-de-Tela-2015-04-07-às-18.53.15 Captura-de-Tela-2015-04-07-às-18.52.54Nelson Canesin, do Sindicato dos Bancários de São Paulo, ferido por policial; o deputado Vicentinho (PT-SP) foi atendido no ambulatório da Câmara depois de ser atingido por gás pimenta. Fotos Zeca Ribeiro, Câmara dos Deputados, via Fotos Públicas.

TUMULTO

Polícia do DF agride manifestantes em protesto diante do Congresso

Policiais fazem bloqueio para impedir a acesso dos trabalhadores ao Legislativo. Durante conflito, um manifestante ficou ferido e outro foi detido

por Agência Brasil em 07/04/2015, na Rede Brasil Atual

São Paulo – Policiais militares e da Polícia Legislativa usaram bombas de gás, cassetetes e gás de pimenta hoje (7), durante conflito contra manifestantes em frente ao Congresso Nacional. O tumulto começou quando as delegações de trabalhadores tentaram se aproximar da Chapelaria, uma das entradas da sede do Parlamento, com objetivo de protestar contra a votação do Projeto de Lei 4.330, que legaliza o uso irregular de mão de obra terceirizada – prática condenada por especialistas em direito do trabalho. Rapidamente, outros policiais da Câmara chegaram com bombas de gás lacrimogêneo e atiraram para tudo quanto é lado.

No final da tarde, os manifestantes começaram a se dispersar e deixar o local. Parte do grupo foi para a entrada do anexo, local que dá acesso às comissões. Por volta das 16h30, os organizadores do movimento retiraram o carro de som da frente do prédio do Parlamento.

Mais cedo, quando os manifestantes permaneciam em frente ao Congresso, policiais militares faziam barreira para impedir que eles entrassem na Casa Legislativa. As lideranças sindicais que estavam no alto de um carro de som pediam tranquilidade e que evitassem o confronto com os policiais. “Nossa luta é contra os que querem agredir os direitos dos trabalhadores”, disse o presidente da CUT, Vagner Freitas, que tentou sem sucesso negociar o ingresso pacífico na Casa para que os ativistas que se deslocaram até Brasília pudesse assistir à sessão da Câmara.

O texto pode ser votado ainda nesta terça-feira. O governo tenta conseguir o adiamento para que seja apresentado um projeto alternativo.

Segundo sindicalistas, a ação violenta da polícia diante dos protestos (estimativas vão de 2.500 a 5 mil pessoas) no Congresso foi uma sinalização do que a atual presidência da Casa, sob comando do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pretende dar a manifestações que enfrentem interesses empresariais.

Além do deputado Vicentinho (PT-SP), dezenas de militantes e sindicalistas foram atingidos pelo gás disparado pelos policiais. Os militantes reagiram como puderam, jogando garrafas de água e o que tivessem nas mãos. Uma multidão cercou os policiais legislativos que, covardemente, correram de volta para o Congresso para chamar a PM.

Depois de muita negociação, o comandante da tropa aceitou fazer um recuo para que o ato contra o 4.330 continuasse pacificamente. Participaram do ato manifestantes da CUT, CTB, NCST e Intersindical.

Com informações da CUT

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Parlamentares são atingidos por gás de pimenta em confronto em Brasília

Centrais sindicais, UNE e MST organizam atos pelo país

do UOL

O deputado federal Vicentinho (PT-SP) é escoltado durante protesto organizado por CUT (Central Única dos Trabalhadores), UNE (União Nacional dos Estudantes) e MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) nesta terça-feira (7), em Brasília. Houve confronto com policiais, que usaram spray de pimenta.

Ao menos dois parlamentares foram feridos durante o confronto entre a Polícia Militar e manifestantes contrários à votação do projeto de terceirização na Câmara dos Deputados. O ex-líder do PT na Câmara, deputado Vicentinho (SP), foi atendido no ambulatório da Câmara depois de ser atingido por spray de gás de pimenta. O deputado Lincoln Portela (PR-MG) sofreu um corte na boca, que atribuiu aos manifestantes, e foi também atingido por spray de pimenta.

Os policiais fizeram um cordão de isolamento em frente ao espelho d’água do prédio do Congresso para impedir o acesso dos manifestantes. Carros que estavam estacionados próximos ao local da manifestação foram também depredados. Os manifestantes contabilizam dois feridos e um detido. Segundo Jobert Fernando de Paula, do Sindieletro de Minas Gerais, os dois feridos já estavam dentro do Congresso. Eles foram levados para a enfermaria da Câmara. Já o detido foi preso ao tentar invadir a Câmara.

Segundo a PM, foram os manifestantes que iniciaram o confronto. “Eles atiraram pedras grandes e paus nos policiais. O que houve foi a contenção dos meliantes e a utilização proporcional da força”, informou o capitão Hélio Chagas, que comanda a operação em frente ao congresso.

Questionado sobre o fato de o deputado Vicentinho ser atingido por gás de pimenta, ele afirmou que foi Vicentinho quem se dispôs a ficar ao lado dos manifestantes contra a polícia. O policiamento na Esplanada dos Ministérios foi reforçado e já chegaram mais homens da polícia ao local.

Fonte: Viomundo.

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