De acordo com a mídia, a Polícia usou o software do grupo NSO para hackear os celulares dos então ministros das Finanças, Justiça, Comunicação e Transporte; destacados empresários como Rami Levy; antigo diretor da plataforma de notícias Walla e atualmente uma das principais testemunhas no julgamento de Netanyahu; a prefeita de Netanya, Miriam Feirberg; Avner Netanyahu, filho do ex-primeiro-ministro; líderes dos protestos etíope-israelenses contra a Polícia, entre muitos outros.
O veículo de imprensa não especificou quando ocorreu a suposta vigilância, mas afirmou que a Polícia usou o Pegasus para hackear os celulares de dezenas de pessoas que não eram suspeitas de crimes, sem autorização judicial.
O porta-voz da Polícia de Israel, Eli Levy, declarou à rádio pública Kan que o órgão “não responde a nenhum relatório, mas está aberto a uma investigação completamente transparente”.
O oficial afirmou que, até o momento, não foi encontrada “qualquer falha no trabalho da Polícia. Tudo foi feito legalmente, com ordem judicial assinada”.
O Pegasus é considerado uma das ferramentas de vigilância cibernética mais poderosas disponíveis no mercado, já que fornece aos operadores capacidade de assumir o controle total do celular de uma pessoa, baixar todos os dados do dispositivo e ativar sua câmera ou microfone sem que o usuário saiba. O Calcalist publicou um relatório sensacional duas semanas atrás e esta segunda parte revela mais dados e mais nomes dos supostos espionados.