Polícia de Israel usou Pegasus para espionar círculo próximo de Netanyahu, diz mídia

Segundo relatório da mídia econômica Calcalist, o software de espionagem Pegasus foi usado pela Polícia israelense contra altos funcionários do governo, prefeitos, ativistas, jornalistas, familiares e assessores do ex-premiê Benjamin Netanyahu.

AFP 2021 / RONEN ZVULUN

De acordo com a mídia, a Polícia usou o software do grupo NSO para hackear os celulares dos então ministros das Finanças, Justiça, Comunicação e Transporte; destacados empresários como Rami Levy; antigo diretor da plataforma de notícias Walla e atualmente uma das principais testemunhas no julgamento de Netanyahu; a prefeita de Netanya, Miriam Feirberg; Avner Netanyahu, filho do ex-primeiro-ministro; líderes dos protestos etíope-israelenses contra a Polícia, entre muitos outros.

O veículo de imprensa não especificou quando ocorreu a suposta vigilância, mas afirmou que a Polícia usou o Pegasus para hackear os celulares de dezenas de pessoas que não eram suspeitas de crimes, sem autorização judicial.

O porta-voz da Polícia de Israel, Eli Levy, declarou à rádio pública Kan que o órgão “não responde a nenhum relatório, mas está aberto a uma investigação completamente transparente”.

O oficial afirmou que, até o momento, não foi encontrada “qualquer falha no trabalho da Polícia. Tudo foi feito legalmente, com ordem judicial assinada”.

O Pegasus é considerado uma das ferramentas de vigilância cibernética mais poderosas disponíveis no mercado, já que fornece aos operadores capacidade de assumir o controle total do celular de uma pessoa, baixar todos os dados do dispositivo e ativar sua câmera ou microfone sem que o usuário saiba. O Calcalist publicou um relatório sensacional duas semanas atrás e esta segunda parte revela mais dados e mais nomes dos supostos espionados.

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