Por Catiana de Medeiros.
Movimentos sociais e organizações sindicais realizaram nesta terça-feira (29), na Assembleia Legislativa, em Porto Alegre (RS), uma plenária da Frente Brasil Popular (FBP), com o objetivo de mobilizar a militância para um ato unificado, no próximo sábado (3), em defesa da democracia, dos direitos dos brasileiros sobre o petróleo e de uma nova política econômica para o país.
Representando a Via Campesina, o dirigente nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Cedenir de Oliveira, afirmou que para superar as crises política, econômica e social existentes no Brasil, há a necessidade de conduzir processos estruturais importantes, como as reformas agrária e dos meios de comunicação, entre outros, através da unificação de forças.
“Não podemos nos acovardar, precisamos ter autonomia, capacidade de aglutinação de forças nas grandes capitais e cidades do interior, e reafirmar projetos para enfrentarmos esse período que vivemos. Temos consciência das dificuldades que nos apresentam, mas nossa militância não irá se render aos ataques; iremos encará-los um a um de acordo com a nossa capacidade”, disse Oliveira.
A militante do Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM), Suelen Aires Gonçalves, defendeu a volta da disputa da hegemonia de ideias na sociedade, que expresse a construção de um novo projeto popular de desenvolvimento para o Brasil.
“A Frente deve cumprir esse papel a médio e a longo prazo, fortalecer a disputa de ideias para que a nossa unidade se fortaleça e a cada debate consiga avançar nas mudanças que são importantes e necessárias para o nosso país”, declarou Suelen.
Já Claudir Nespolo, da Central Central Única dos Trabalhadores (CUT), mobilizou a militância da FBP para participar do ato nacional unificado do dia 3 de outubro, aniversário de 62 anos da Petrobras. Na Capital gaúcha, a atividade incia às 10 horas, com concentração no Largo Glênio Peres, seguida de caminhada até a torre simbólica da Petrobras, localizada na Praça da Alfândega, no Centro.
“Nossa tarefa é retomar a correlação de forças a partir das ruas, construir um novo caminho, criar um novo ciclo e aprofundar as mudanças no Brasil sem retrocesso e sem concessão para o conservadorismo”, concluiu Nespolo.
A FBP em caráter nacional foi lançada em Belo Horizonte (MG), no último dia 5 de setembro, na Conferência Nacional Popular, que reuniu mais de 2 mil pessoas de 21 estados.Ela tem a missão de defender a democracia e propor uma nova política econômica voltada aos trabalhadores.
Fonte: MST.