Por Marcelo Luiz Zapelini.
Pouco mais de dez minutos depois que o sindicato dos servidores de Florianópolis iniciasse o protesto, às 14:40, a Câmara Municipal de Vereadores anunciou a transferência da votação o PL das Organizações Sociais para sábado, 21.
Segundo o legislativo, motivo é tramitação que ainda prossegue nas comissões parlamentares.
O sindicato considera que os vereadores estão “com medo da gente, com medo do povo”, como disse Munaro, presidente do Sintrasem.
Ele ainda convocou os trabalhadores da iniciativa privada que estarão de folga amanhã. “O tiro vai sair pela culatra, pais e mães que não podiam estar aqui hoje amanhã estarão aqui. Vamos ver se eles terão coragem de votar contra o povo com a praça cheia de povo”, discursou Munaro.
Para os trabalhadores municipais, o projeto viola os conselhos de saúde e de educação por deixá-los de fora das discussões.
“Se esse projeto for aprovado, será o fim do serviço público como o conhecemos”, previu Munaro, pois a transferência da serviços de educação e saúde devem desestruturar a carreira e a aposentadoria os servidores na medida em que os concursos públicos deixem de ocorrer.
Enquanto a prefeitura calcula que as multas do sindicato pela greve somem 700 mil reais, os sindicalistas avisaram que a “resposta será mais greve” se o projeto não for retirado.
Entrevista com a servidora Lizyane Santos que nos atualiza sobre a votação do PL das OSs em Florianópolis, na frente da Cãmara de Vereadores onde milhares de pessoas protestam de forma pacífica.
Votação na Câmara de Vereadores foi adiada para amanhã sábado, feriado nacional, às 16 horas.
Caroline Dall ‘Agnol entrevista René Munaro, presidente do Sintrasem, pouco depois do adiamento da votação a pedido do Ministério Público.