Após a conquista pelo Piso Estadual de Salário, a luta agora é para que o reajuste aconteça de forma automática, a exemplo do que acontece com o Salário Mínimo Nacional, que tem como base a inflação do ano, mais o PIB do ano interior. Para que isso aconteça, as Centrais Sindicais, incluindo a CUT-SC, estão dando continuidade na coleta de assinaturas do abaixo-assinado em favor de um Projeto de Lei que permita o reajuste automático.
Para que o Projeto de Lei tenha validade é necessário coletar 50 mil assinaturas, o que representa 1% dos eleitores de Santa Catarina. Até o final de agosto, já haviam sido coletadas 33 mil assinaturas, é preciso intensificar a coleta que vai até o dia 31 de outubro, para que se consiga chegar ao número mínimo necessário de assinantes.
A conquista do Piso Estadual de Salário que aconteceu em setembro de 2009, é o resultado da união das Centrais Sindicais e a Federação dos Trabalhadores nas Indústrias. A lei passou a vigorar em dezembro de 2010 e já repercutiu sobre os salários dos/as trabalhadores/as e consequentemente, sobre a economia de Santa Catarina. Foi um marco importante nas relações entre capital e trabalho.
Para o ano de 2013, a Comissão de Negociação prevê um aumento de até 13% sobre uma das faixas salariais. Em reunião no início do mês de setembro, ficou definido que o reajuste aplicado no estado de Santa Catarina terá como base os valores atuais do estado do Paraná, já que ambos os estados possuem condições econômicas relativamente parecidas.
Proposta de Reajuste do Piso Estadual de Salário conforme Faixas Salariais:
Faixa I – De R$700 para R$785 – Aumento de 12,14%
Trabalhadores/as na agricultura familiar e pecuária;
b) Trabalhadores/as nas indústrias extrativistas e beneficiamento;
c) Trabalhadores/as em empresas de pesca e agricultura;
d) Empregados/as Domésticos/as;
e) Trabalhadores/as nas indústrias da construção civil;
f) Trabalhadores/as nas indústrias de instrumentos musicais e brinquedos
g) Trabalhadores/as em estabelecimentos hípicos;
h) Empregados/as, motociclistas, motoboys, e do transporte geral, excetuando-se os motoristas.
Faixa II – De R$725 para R$815 – Aumento de 12,41%
a) Trabalhadores/as nas indústrias do vestuário e do calçado;
b) Trabalhadores/as nas indústrias de fiação e tecelagem;
c) Trabalhadores/as nas indústrias de artefatos de couro;
d) Trabalhadores/as nas indústrias do papel, papelão e cortiça;
e) Trabalhadores/as em empresas distribuidoras e vendedoras de jornais e revistas e empregados/as em bancas, vendedores/as ambulantes de jornais e revistas;
f) Empregados/as da administração das empresas proprietárias de jornais e revistas;
g) Empregados/as em estabelecimentos de serviço de saúde;
h) Empregados/as em empresas de comunicação e marketing;
i) Trabalhadores/as nas indústrias do mobiliário.
Faixa III – De R$764,00 para R$845 – Aumento de 10,60%
a) Trabalhadores/as nas indústrias químicas e farmacêuticas;
b) Trabalhadores/as nas industriais cinematográficas;
c) Trabalhadores/as nas indústrias de alimentação;
d) Empregados/as do comércio em geral;
e) Empregados/as de agentes autônomos do comércio.
Faixa IV – De R$800 para R$905 – Aumento de 13,13%
a) Trabalhadores/as nas indústrias metalúrgicas, mecânicas e de material elétrico.
b) Trabalhadores/as nas indústrias gráficas;
c) Trabalhadores/as nas indústrias de vidros, cristais, espelhos, cerâmica de louça e porcelana;
d) Trabalhadores/as nas indústrias de artefatos de borracha;
e) Trabalhadores/as em empresas de seguros privados e capitalização e de agente autônomos de seguros privados e de crédito;
f) Trabalhadores/as em edifícios e condomínios residenciais, comerciais e similares;
g) Trabalhadores/as nas indústrias de joalheria e lapidação de pedras preciosas;
h) Auxiliares em administração escolar (empregados/as de estabelecimentos de ensino);
i) Empregados/as em estabelecimentos de cultura;
j) Empregados/as em processamento de dados;
k) Empregados/as motoristas do transporte em geral;
Trabalhadores/as em turismo e hospitalidade.
Acesse a folha do abaixo-assinado e colete assinaturas