Petroleiros em greve distribuem gás de cozinha e gasolina a preços reduzidos

Nesta quarta-feira (05) os petroleiros, que estão em greve desde o dia 31, realizam em diversas cidades do Brasil ações de venda de gás de cozinha e gasolina com preços reduzidos. Com ações como estas os trabalhadores buscam ampliar o apoio e a visibilidade da greve, que enfrenta enorme bloqueio midiático e repressão estatal.

Desde a madrugada do último dia 31 os petroleiros estão em greve, mobilizando mais de 30 unidades da Petrobrás. Os trabalhadores lutam contra mais de 1000 demissões decorrentes do fechamento da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados Fafen-PR e também contra a privatização.

Na manhã desta quarta-feira os petroleiros de Vitória/ES distribuíram cupons de desconto de R$2,00 no litro da gasolina. Os trabalhadores afirmaram que são contra a política de preços aplicada atualmente pela Petrobrás e com a ação buscam mostrar que é possível aplicar valores menores. A ação ocorreu na Reta da Penha, em frente ao prédio da Petrobrás e distribui 100 cupons de desconto.

Em Araucária, região metropolitana de Curitiba/PR, os petroleiros venderão 300 botijões de gás de cozinha no valor de R$40,00. O ato ocorrerá na praça da Bíblia, em frente à Câmara de Vereadores de Araucária, às 12h.

Em Canoas/RS os trabalhadores da Refinaria Alberto Pasqualini anunciaram que venderão 100 botijões de gás de cozinha pelo valor de R$40,00. A ação ocorrerá na tarde desta quarta-feira, a partir das 16h no bairro João de Barro, próximo à associação de moradores.

Com estas ações os trabalhadores buscam criticar a política de preços da Petrobrás e demonstrar a possibilidade de aplicar valores justos, diferente do que ocorre atualmente. Demonstram também, mesmo que simbolicamente, a capacidade da classe trabalhadora de responder às demandas profundas da sociedade. Tais ações remetem à recente luta dos trabalhadores franceses, quando os eletricitários cortaram a luz dos ricos e religaram em bairros pobres. Tais ações ocorreram em meio à uma greve de transportes que durou mais de 50 dias, em uma enorme batalha contra o governo e também contra a burocracia sindical que atuou como freio aos trabalhadores.

No Brasil tais ações demonstram a força da greve dos petroleiros, que é uma primeira batalha nacional desta categoria estratégica contra o governo Bolsonaro. É urgente cercar de solidariedade os trabalhadores em luta. As centrais sindicais, como CUT e CTB, e também os sindicatos e entidades estudantis como a UNE, além de DCEs e centros acadêmicos de todo o Brasil devem impulsionar ações de solidariedade à greve e ser parte de furar o bloqueio midiático que a imprensa capitalista vem fazendo para isolar os trabalhadores. Os parlamentares de esquerda como os do PSOL devem utilizar todo alcance midiático de seus mandatos para dar visibilidade e gerar solidariedade com os petroleiros.

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