Funcionários da Petrobrás farão uma paralisação, logo após o carnaval, no dia 18 de fevereiro, na Bahia, onde funciona a refinaria Rlam, que está sendo vendida ao fundo de investimentos dos Emirados Árabes, o Mubadala.
Os petroleiros de todo país entrarão em estado de greve. No domingo (14), a empresa será informada da greve, com mais de 72 horas de antecedência, como prevê a legislação. A Federação Única dos Petroleiros (FUP) é contra o programa de venda de ativos da Petrobrás e quer uma apuração de eventuais irregularidades na definição do valor negociado com o Mubadala, de US$ 1,65 bilhão.
A ideia é levar o debate a uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Congresso e se opor às privatizações defendidas pelom governo Jair Bolsonaro.
O Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep) disse que a refinaria vale de US$ 3 bilhões a US$ 4 bilhões. De acordo com o banco BTG Pactual, o valor do negócio ficou 35% abaixo do limite inferior estimado pelos seus analistas. A informação publicada pelo jornal O Estado de S.Paulo.
Segundo o coordenador da FUP, Deyvid Bacelar, “nos outros Estados, isso não foi apreciado em assembleia com os trabalhadores”. “Essa discussão ainda vai ser feita pelos sindicatos e o conselho da FUP vai se reunir de novo, na próxima quarta-feira (17), para avaliar o que os sindicatos vão fazer. Se vai virar um movimento nacional não sabemos”, afirmou.
Ao comentar o valor bilionário da refinaria, a Petrobrás afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que estabeleceu uma faixa de valor que norteou a transação. A estatal também disse que levou em consideração as características técnicas, de produtividade e do potencial do ativo.