Pesquisadores desenvolvem máscara de proteção que alerta se usuário está infectado por coronavírus

Foto: Khawaja Saud Masud/Unsplash

Bioengenheiros da Universidade de Harvard e do MIT – Instituto de Tecnologia de Massachusetts dedicaram os últimos seis anos ao desenvolvimento de sensores que podem detectar vírus como zika ebola. Agora, eles estão adaptando essa tecnologia para produzir uma máscara de proteção que, por meio de um sensor e de uma luz, poderá avisar se quem a usa tem COVID-19.

Para isso, basta que a pessoa respire mais forte, espirre, tussa ou fale, pois o sensor analisa as gotículas de saliva emitidas em qualquer uma dessas situações e identifica se estão contaminadas ou não. Caso seja positivo, uma luz fluorescente é ligada, indicando a contaminação por coronavírus.

Os sensores consistem em material genético que se liga a um vírus. Para que sejam ativados, precisam de umidade e precisam detectar a sequência genética do vírus. A equipe de cientistas está justamente testando a capacidade de o sensor detectar o coronavírus com uma pequena amostra de saliva.

O projeto liderado pelo pesquisador Jim Collins, do MIT, começou em 2014, quando ele e sua equipe criaram um mecanismo que poderia detectar o vírus ebola congelado em um pedaço de papel. A pesquisa foi divulgada em publicações científicas em 2016 e atualizada para detectar zika.

Quatro anos depois, eles verificaram que a tecnologia de identificação de vírus funciona também com SARS, sarampo, gripe e hepatite C. Em relação aos materiais, além do papel, eles comprovaram que funciona em plástico, quartzo e tecido.

A equipe também está focada no design. A intenção é ampliar a utilização da tecnologia. Ou seja, em vez restringir o projeto a um tipo de máscara, que seja desenvolvido um módulo que possa ser conectado a qualquer máscara já existente, da cirúrgica à caseira.

Ótimo recurso para triagens

A pesquisa da eficiência da nova máscara para coronavírus ainda está no início, mas já registrou resultados promissores. Nas últimas semanas, Collins e sua equipe vêm fazendo testes para verificar se a máscara é capaz de detectar o coronavírus em pequenas amostras de saliva.

Se der certo, ela poderá ser utilizada em triagens em lugares onde há grande movimentação de pessoas. Isso ajudaria a driblar a indisponibilidade de testes, que é recorrente em muitos países. Já pensou? O resultado é obtido na hora, sem precisar aguardar o resultado de exames de laboratório. Um sonho.

“Você pode imaginá-la sendo usada na segurança de aeroportos, ou na ida e na volta do seu local de trabalho. Hospitais poderiam usá-la em pacientes que estiverem na fila de espera. Seria uma forma de triagem para os infectados”, explicou Collins ao site Business Insider.

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