Partido árabe-judeu de orientação socialista, o Hadash se uniu nesta sexta-feira (23/01) de forma inédita a outras três legendas árabes — Balad, Ta’al e United Arab List — para concorrerem juntos na próxima eleição para o Knesset, o Parlamento de Israel, prevista para ser realizada em março deste ano.
Knesset, o Parlamento de Israel, está situado na cidade de Jerusalém: eleições foram antecipadas pelo premiê, Benjamin Netanyahu
Antecipada em dezembro pela correspondente de Opera Mundi em Tel Aviv, Guila Flint, a assinatura do acordo entre as quatro partes foi resultado de um programa elaborado por uma comissão criada há seis semanas.
Uma recente pesquisa realizada pela Fundação Instituto e Yaffa Abraham mostra que uma lista conjunta elevaria o número de eleitores árabes em 10%, fazendo com que a coalizão consiga tomar quase 68% deste eleitorado.
Liderada pelo presidente do Hadash, Aiman Ouda, a união tem entre seus nomes o judeu Dov Khenin, também do Hadash, e a candidata palestina Haneen Zoabi, do partido Balad. A ideia é que os candidatos, considerados fortes no cenário político israelense, consigam garantir vitória da coalizão no pleito do Knesset.
Em dezembro, lideres desses partidos já haviam revelado a Opera Mundi seus planos para se unir. Porém, não esconderam as dificuldades no caminho. Com a antecipação das eleições, de outubro de 2017 para março de 2015, eles não tiveram muito tempo para se reestruturar e, além da urgência, os líderes árabes também mencionam um sentimento de “emergência” diante da investida da direita contra os direitos da população árabe.
“Há um grande entusiasmo no público árabe pela unificação. Todos sentem que, diante da onda de racismo contra nós, devemos nos unir e unidos obteremos mais votos do que separados”, relata deputado Jamal Zahalka, líder do Balad.
EFE
Netanyahu convocou eleições antecipadas para tentar formar um governo à direita
Fonte: ÓperaMundi.