Por Marcos Ferreira.*
Peço licença para declarar o meu voto: este ano serei pragmático. É preciso parar a marcha do presidente da República, dos seus apoiadores em Florianópolis e do movimento de extrema direita no país. Por isso, posiciono meu voto como anti-bolsonarista.
Voto para estancar a nomeação de reitores que não representam a escolha das Universidades.
Voto contra a violência que atinge as mulheres da minha cidade e do meu país.
Voto para que o Ministério da Saúde volte a ser comprometido com a vida e com a saúde pública.
Voto contra o descaso com as mais de cento e sessenta mil mortes, com as mais de cento e sessenta mil famílias que perderam entes queridos e com as centenas de milhares de pessoas que perderam amigos para a Covid19.
Voto contra o uso da pandemia como plataforma eleitoral.
Voto contra a cultura do estupro, que permite que pessoas acusadas dessa prática sejam festejadas por seus apoiadores.
Voto contra a entrega de nossas reservas internacionais em negociações espúrias pelo Banco Central.
Voto para que o orçamento da educação deixe de ser um joguete nas mãos de um governo que insiste em soltar balões de ensaio, todo o tempo visando a privatização das escolas públicas.
Voto contra a mortandade da juventude negra.
Voto contra uma reforma administrativa que só visa o enfraquecimento do estado brasileiro.
Voto contra o esvaziamento da política cultural.
Voto contra a privatização de nossas empresas mais rentáveis como as do sistema elétrico.
Voto contra o descaso com as pessoas que não têm moradia, como fez Gean nestes quatro anos.
Voto contra o desmonte, via empobrecimento, dos serviços públicos, como no caso da COMCAP.
Voto contra uma república de machos brancos patriarcais e racistas.
Voto contra governantes e candidatos que obrigam os funcionários públicos a passarem o fim de semana em carreatas, que circulam pela cidade para criar a impressão de apoio popular.
Voto contra a entrega do pré sal para exploradores estrangeiros.
Voto contra o abandono da população indígena ao ataque de suas terras originais e no tecido urbano, quando necessita migrar, como fez Gean.
Voto contra a entrega do Brasil à rapinagem do colonialismo digital e da expropriação de nossos dados e intimidade.
Voto contra o esvaziamento do fundo soberano nacional.
Voto contra a entrega da Ponta do Coral para a especulação imobiliária.
Voto contra esses governantes que se comportam como capachos de Trump e fazem nossa bandeira ficar vermelha de vergonha.
Voto contra essas e outras agressões que minha cidade e meu país vivem. Agressões que são as marcas do bolsonarismo, que tem mais apoiadores nos partidos conservadores e seus candidatos, do que na cidade de Florianópolis. Claro, acredito que a Frente Popular seja a única alternativa digna e construtiva para Florianópolis.
Voto 50 para prefeito e 13 para vereador e vereadora.
*Psicólogo
