Ex-integrante do governo Sarney (1985), Castello Branco já vinha colaborando com a equipe de Bolsonaro durante a campanha presidencial. Ele deve assumir a pasta em janeiro de 2019, até lá a Petrobras será conduzida pelo atual presidente Ivan Monteiro que, segundo informações da imprensa, pode assumir o Banco do Brasil no ano que vem.
Ex-diretor do Banco Central, da mineradora Vale, Castello Branco é hoje diretor da Fundação Getulio Vargas (FGV), egresso da Universidade de Chicago, de pensamento liberal. Em declaração, disse que “é inaceitável manter centenas de bilhões de dólares alocados a empresas estatais em atividades que podem ser desempenhadas pela iniciativa privada”.
Em artigo publicado na Folha de S.Paulo em junho onde defende a privatização da estatal também destaca a necessidade “de várias empresas privadas competindo nos mercados de combustíveis”.
Com a escolha de mais um defensor da venda do patrimônio brasileiro para o capital internacional, a polêmica se instalou nas redes sociais. Manifestações contrárias ao governo Bolsonaro, apontaram o “nacionalismo de araque” do futuro governo que pretende vender a preço de banana as empresas estatais do Brasil.
Um dos assuntos mais comentado no Twitter com a #Petrobras, personalidades políticas, como os presidenciáveis, Marina Silva e Guilherme Boulos, comentaram sobre a indicação.
Para Marina, “Roberto Castello Branco na presidência da Petrobrás é parte do “Plano Guedes” de privatização da empresa, contrariando a expectativa dos brasileiros de valorização e gestão técnica e eficiente desse patrimônio que deve estar a serviço dos interesses do país”.
Sobre a indicação, Boulos postou que “a retórica de defesa da pátria esconde no projeto de Bolsonaro o entreguismo mais abjeto”.
A presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann ironizou “A raposa tomando conta do galinheiro!”. Segundo ela, Castello Branco vai para a Petrobras defender sua privatização. “É a entrega do Brasil ao sistema financeiro internacional”.