Parto de cócoras, natural e seguro

Sabias que, antes do século XVII, as mulheres ocidentais davam à luz de cócoras, sentadas e de pé?

Isto mudou quando o Rei Luís XIV de França ordenou que, para poder testemunhar o nascimento dos seus filhos, as suas mulheres deviam dar à luz deitadas. Embora essa postura torna mais difícil e doloroso o parto, logo se generalizou, e os médicos franceses tiveram que inventar os fórceps para evitar algumas das suas consequências. Em pouco tempo se multiplicaram os instrumentos de obstetrícia, e se chegou a acreditar que o parto era sempre uma urgência que exigia cuidados médicos para que fosse sem complicações.

Hoje, as civilizadas aderiram ao parto deitado, introduzido pelos franceses, e defendido, por volta de 1700, pelo obstetra e cirurgião francês Mauriceau.

Segundo o médico e cientista brasileiro Moysés Paciornik, um dos motivos que provocaram a mudança é a comodidade da vida moderna – os bancos, cadeiras, almofadas, camas altas e veículos, que as civilizações mais primitivas não usavam, e que contribuem para o enfraquecimento da mulher, pela diminuição dos exercícios físicos. Com a fraqueza, as mulheres optaram pelo parto convencional, embora ele seja mais difícil e mais doloroso.

Para Paciornik, o método virou moda, na França, porque “a outra posição (de cócoras) era inacessível às superalimentadas, supervestidas, supercuidadas, sedentárias e pouco móveis damas da corte real”. Já nos povos primitivos, “onde a civilização não chegou para perturbar os fenômenos naturais”, as mulheres sadias “assumem, automaticamente, a posição acocorada, que, para elas, é lógica, e, sob o ponto de vista médico, certa, fisiológica”.

ICAN Porto Rico

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