Um ato realizado na noite de sábado no Recife formalizou a criação do Partido Pirata do Brasil. De acordo com o movimento, mais de 100 pessoas de 15 Estados do País estiveram presentes. Os militantes assinaram o programa, o estatuto e elegeram a primeira direção nacional da nova sigla, o PPBr, que já existia no papel desde 2007.
O movimento político surgiu a partir da rede Internacional de Partidos Piratas, uma organização ligada a ativistas da tecnologia, e tem como bandeira, por exemplo, a inclusão digital, o uso de softwares livres e a construção de políticas públicas colaborativas. A reunião na capital pernambucana contou com a presença do idealizador do Partido Pirata no mundo, o sueco Rick Falkvinge. Ele veio ao Brasil para ajudar na criação da legenda e também participou de eventos como o Fórum Internacional do Software Livre, em Porto Alegre, e a Campus Party, no Recife.
“Eu passei os últimos dias viajando pelo Brasil, ministrando palestras e conhecendo os ativistas e fiquei com uma impressão muito positiva do movimento e da cultura”, afirmou o líder dos piratas em seu site. Ele deixa o País neste domingo. “Minha impressão de que o Brasil tem a habilidade e a capacidade para dar um golpe nas economias dominantes atuais”, diz o europeu.
Segundo o PPBr, o movimento já possui todos os documentos necessários para informar legalmente a sua criação ao TSE. O próximo passo é iniciar a coleta de 500 mil assinaturas. A primeira direção nacional eleita do Partido Pirata tem como secretário geral, Alexssandro Albuquerque “Bauer”.
O estatuto aprovado no sábado já está no ar e define que o partido é uma “associação voluntária de cidadãos que se propõem a lutar pela proteção dos direitos humanos, por liberdade de expressão, pelo direito civil à privacidade das informações em todos os suportes e meios de transmissão e armazenamento, pela liberdade de aquisição e de compartilhamento de conhecimento e tecnologias, incluindo transformações políticas e sociais, institucionais, econômicas, jurídicas e culturais destinadas a garantir a propagação da informação de forma livre e sem impedimentos, com o objetivo de colaborar na construção e desenvolvimento de um Estado Democrático de Direito mais transparente e justo”.
Fonte: http://noticias.terra.com.br/
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