Jocelerme Privert governava interinamente desde fevereiro, quando Michel Martelly deixou o cargo.
Sem presidente desde fevereiro deste ano, quando Michel Martelly deixou o cargo após o término de seu período, o Haiti viu novamente fracassar a decisão sobre a permanência ou não no poder do presidente interino do país, Jocelerme Privert, cujo mandato se encerrou no dia 15 de junho.
Em uma sessão do Parlamento haitiano que se prolongou até as 3h da madrugada (5h de Brasília) desta última quarta-feira (29/06), a primeira das três convocações que conseguiu reunir o quórum necessário para votar sobre o tema, os legisladores não chegaram a um acordo sobre o futuro do presidente interino e suspenderam a sessão sem estipular uma nova data para debater a questão.
Em 14 de fevereiro deste ano, Privert, que era presidente do Senado, foi designado como presidente interino após o fim do mandato de Michel Martelly, já que nenhum sucessor fora eleito para o cargo após denúncias de irregularidades nas eleições realizadas em 25 de outubro de 2015.
O segundo turno da votação deveria ter sido realizado em 24 de janeiro, mas os protestos no país devido às denúncias de irregularidades no pleito levaram Privert a criar uma comissão para investigar possíveis fraudes durante o processo.
Ao fim das investigações, a comissão recomendou a anulação das eleições, proposta que foi amparada pelo CEP (Conselho Eleitoral Provisório). Assim, um novo pleito será convocado para 9 de outubro e, caso haja necessidade, segundo turno será realizado em 8 de janeiro de 2017.
Até lá, por ora, não está definido quem estará à frente do governo do Haiti.