A coluna Painel, da jornalista Daniela Lima, na Folha de S. Paulo desta segunda-feira (25), informa que as batidas de cabeça na articulação política de Jair Bolsonaro e o que alguns deputados federais de seu partido chamam de falta de prestígio podem levar a bancada do PSL na Câmara a abandonar o barco da Reforma da Previdência.
Os parlamentares do partido do presidente não querem carregar o peso de defender o pacote de maldades contra os trabalhadores brasileiros sem receber nada em troca. Até o Ministério da Educação estaria na pauta de negociação. Há quem defenda o nome Bia Kicis (PSL/DF) para o comando da pasta.
Líder do PSL na Casa, o deputado Delegado Waldir (PSL) deve chamar reunião com a bancada para esta quarta (27) para definição da “nova postura” em relação ao Planalto. O grau da insatisfação já atingiu o tem de chantagem: ou Bolsonaro muda, ou tiram o corpo fora.
Os parlamentes devem, após esse encontro, reivindicar agenda direta com Bolsonaro e um canal de diálogo permanente com o presidente.
O Planalto, por ora, mantém resistência em negociar com o que chama de “velha política”.
Sinais de desgaste da relação entre o PSL e Jair Bolsonaro já vêm sendo apontado pela Fórum. Na semana passada, Delegado Waldir declarou que a legenda abriria mão da indicação de relatores para a PEC da Reforma da Previdência.
O deputado Alexandre Frota (PSL) – que de entusiasta, tornou-se persona non grata para o presidente – também twittou sobre a dificuldade de viabilizar a proposta que, na prática, desmonta o Sistema de Seguridade Social no Brasil.