A Paralisação Internacional de Mulheres (PIM) é um movimento de base formado por mulheres de diferentes partes do mundo. O evento foi criado nas últimas semanas do outono (Europa), primavera (América Latina) de 2016 como resposta à atual violência social, legal, política, moral e verbal experimentada pelas mulheres atuais em diversas latitudes.
DIZEMOS:
Nós, as mulheres do mundo, estamos cansadas da violência física, econômica, verbal e/ou moral dirigida contra nós. Não vamos tolerá-la passivamente.
Exigimos que nossos governos parem de usar insultos misóginos e comecem a tomar medidas reais para resolver numerosos problemas relacionados conosco: a nossa segurança, acesso gratuito à atenção médica (incluindo os direitos reprodutivos), o estabelecimento e aplicação de graves sanções legais a criminosos em casos de estupro, violência no lar e de todo tipo de crimes de gênero que sofremos cada vez mais, assim como o cumprimento da secularização dos nossos Estados. Antes que as condições biológicas femininas que possuímos somos, sobretudo, seres humanos.
Como cidadãs conscientes, nós, mulheres, sabemos que o mundo está passando por uma fase de crise, mas não aceitamos sermos vítimas dela.
Anotem, governadores de nossos países: sejam maduros e abordem os problemas do mundo de um jeito direto, pacífico e sem nos fazer dano.
Nós, as mulheres do mundo, anunciamos que se não forem tomadas medidas imediatas para deter esta violência, vamos fazer greve. Somos solidárias e estamos unidas, no mundo todo, para defender nossos direitos humanos.
Constituímos mais da metade da população do mundo e sabemos que o poder está em nossas mãos. Não se esqueçam que da nossa decisão depende a continuidade da vida na Terra.
Paralisação Internacional de Mulheres
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Até agora SOMOS 23 PAÍSES:
Alemanha, Argentina, Austrália, Brasil, Chile, Coreia do Sul, Costa Rica, Equador, El Salvador, Escócia, Honduras, Irlanda do Norte, República da Irlanda, Israel, Itália, México, Nicarágua, Peru, Polônia, República Tcheca, Rússia, Suécia, Turquia, Uruguai.
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COMO PROTESTAMOS? Sugerimos uma forma aberta de protesto. Tudo depende de suas decisões:
– Paralisação total – paralisação no trabalho ou nas tarefas domésticas e nos papéis sociais como cuidadoras durante a jornada de tempo completo
– Paralisação de tempo parcial parando a produção/trabalho por 1 ou 2 horas
– Em caso de que você não possa parar seu trabalho: usar preto como roupa preta, fitas pretas ou o que você decidir.
– Boicotar as empresas que usam o sexismo nas suas propagandas ou em seu enfoque das trabalhadoras.
– Boicotar misóginos locais.
– Greve de sexo.
– Corrida bancária: Sacar dinheiro dos bancos por um dia.
– Bloqueio de ruas.
– Manifestações, piquetes, marchas.
Você quer participar e organizar um protesto no seu país? Para obter mais informação e apoio, por favor, escreva para [email protected]
LISTA DE PROTESTOS EM VÁRIOS PAÍSES
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Tradução: Tali Feld Gleiser.
Fonte: Facebook.