Por Beatrice Gonçalves.
Na primeira aula do FIC de “Tear manual”, realizada no começo do mês, quinta-feira (2) no Câmpus Itajaí, cada aluna falou do que o curso pode representar para a sua vida. As palavras mais ouvidas eram gratidão, aprendizagem e recomeço… Mais do que um curso de 30 horas, o FIC marca uma nova oportunidade para mulheres presas no regime semiaberto do presídio regional de Itajaí que serão alunas do curso. Elas aprenderão uma série de técnicas de tear e com o curso poderão ter remissão da pena. “Nós já vínhamos conversando há um tempo sobre parcerias com o presídio regional e esta é a primeira que estamos fazendo. A partir deste curso, queremos ampliar esse trabalho”, explica a professora Rita Peixe, coordenadora do curso FIC.
R.S. é uma das alunas do curso e está vendo no tear uma nova oportunidade. “Eu já trabalhei como costureira, mas não tenho noção de tear. Gosto de aprender coisas novas e, se dependesse de mim, esse curso seria todos os dias. Gostei muito de conhecer o Câmpus, os laboratórios e fiquei interessada em fazer o curso técnico em Mecânica.”
A aluna G.S também conta que está entusiasmada. “Eu tenho parentes que moram próximo do Câmpus e sempre passei por aqui. Eu não tinha ideia do que era nem de que era de graça. Fiquei encantada em conhecer o trabalho que vem sendo feito. Gosto de desenhar e de artes e estou ansiosa para começar a aprender.”
O curso não é exclusivo para mulheres apenadas e a proposta é justamente promover esse encontro entre diferentes pessoas que querem aprender. “Eu estou achando muito interessante. Para mim será também uma oportunidade para conviver com elas”, explica a aluna Camila de Freitas.