Infrutífera foi a mais recente reunião nesta quinta-feira para negociar o assunto entre representantes dos sindicatos dos professores e o titular do Ministério de Educação e Cultura, Enrique Risse.
Como porta-voz dos professores o presidente da Federação de Educadores do Paraguai, Silvio Piris, disse que não aceitaram a proposta oferecida por Risse pois o pedido por eles é assinar um acordo como aprovação do já outorgado ao setor.
Piris referiu-se assim ao alta de salários contemplada no Orçamento Geral da Nação 2017 disposto pelo Senado mas depois vetado pelo presidente Horacio Cartes.
A ação executiva fez com que ficasse vigente o mesmo plano de despesas de 2016, o qual descarta aquele incremento salarial incluído pelos legisladores.
É necessária vontade política para resolver o conflito, comentou o dirigente sindicato, isto é, não ir à greve e iniciar o período letivo no próximo dia 23 como está programado para o curso até o 30 de novembro.
O ministro, que solicitou tempo para consultar-se com o mandatário a melhoria da oferta, reiterou a posição dessa carteira da Fazenda de elevar os salários em 7,7 por cento a partir de março.
No entanto, essa proposta é para os professores com uma categoria conforme a quem cobram menos do salário mínimo vigente em a área privada.
Piris assegurou que estão dispostos a aceitar esse total, mas só se o ministro assina um compromisso de solicitar outro aumento do 7,3 por cento em decorrência do ano, com o qual se chegaria de maneira fraccionada ao 15 solicitado por eles.
Assim, esperam não ser convocados a outro encontro se a proposta segue sendo a mesma e mantêm a intenção de realizar a greve anunciada.
Não obstante, esse seria por dois dias, 23 e 24 de fevereiro, depois do qual analisarão os seguintes passos se para então não há uma resposta favorável ao reclamo, segundo o secretário geral da União Nacional de Educadores, Eladio Benítez.
A essa conclusão chegaram dirigentes dos dois agrupamentos mencionadas e da Organização de Trabalhadores da Educação e o Sindicato Nacional de Diretores (de escolas), reunidos depois para unificar os critérios.
No encontro de ontem com os sindicalistas, o ministro recordou como a alta fixada no orçamento, posteriormente vetado, estabelecia fora desde julho, pelo qual não vê razão alguma para deter as classes e poder seguir negociando.
A carteira do setor apresenta poucas possibilidades de solução desde o ponto de vista financeiro, ao não ter contemplado em seu plano de despesas o necessário para aplicar o incremento aos docentes.
Qualquer palco que possa ser manejado no âmbito econômico dependerá fundamentalmente do Ministério de Fazenda.
Fonte: Prensa Latina.