Por Yolanda Arceno Cardoso e Alan Christian.
A edição deste ano da Parada do Orgulho LGBT+ em Florianópolis contará com seu primeiro carro representando pessoas transexuais e travestis. A presença do carro reflete conquista das lutas trans e travestis, em um espaço que carrega a imagem da diversidade, mas ainda excluía a última letra da sigla.
“Antigamente as trans nem podiam subir nos carros” comenta Lirous K’yo Fonseca Ávila, presidente da Associação em Defesa dos Direitos Humanos (ADEH): “Eles tinham medo que se a gente subisse ficaria com os peitos de fora”. A ADEH lutou para a inclusão do carro enquanto participava da organização da parada.
Selma Light, que se apresentará na parada e é membra da ADEH, também reforça a conquista: “Eu quero que esse carro fique fixo nos outros eventos. Quero que as falas desses carros sejam mesmo sobre aquilo que a gente sofre no dia-a-dia.”
A parada deste ano foi construída de forma a ser mais inclusiva, tendo mais diversidade até na discotecagem, com a maioria dos DJs sendo mulheres: “Nós fizemos questão de representar todas as letras na parada. Então terá menina trans tocando, menina lésbica tocando, drag cantando, todas representando todo mundo.”