A associação de familiares e amigos dos presos políticos bascos fez um balanço dos últimos seis meses numa assembleia extraordinária que hoje decorreu em Tolosa (Gipuzkoa). Nela, a Etxerat fez um apelo às forças políticas, sindicais e aos agentes sociais de Euskal Herria para que «redobrem esforços e juntem forças» por forma a acabar com as medidas de excepção que são aplicadas aos presos políticos bascos.
Estiveram presentes representantes da esquerda abertzale, Aralar, Bildu e Amaiur.
A Etxerat apresentou um relatório no qual conclui que «o novo tempo aberto» depois de a ETA ter decidido pôr fim à actividade armada «não teve reflexos na política penitenciária».
No documento, que foi dado a conhecer por Gloria Rekarte e Iñaki Usandizaga, afirma-se que, das 71 transferências de presos ocorridas nesse período, não houve uma única aproximação, com excepção de um caso, por razões médicas.
Refere-se também que as condições nas prisões «pioraram» nalguns casos. Diz-se ainda que houve cinco casos de presos que foram afastados de Euskal Herria, sendo transferidos de prisões bascas para cárceres do Estado espanhol (três para Salamanca, um para Ávila e outro para Pontevedra).
Também fizeram referência às graves consequências da decisão do Tribunal Constitucional espanhol sobre a «doutrina Parot». De acordo com a sua apresentação, apenas foram deferidos quatro recursos, tendo-se verificado dezanove indeferimentos. Há ainda 21 recursos que foram aceites e que esperam por uma decisão final. Houve três presos a quem a «doutrina Parot» foi aplicada depois de serem postos em liberdade. Outros cinco presos saíram em liberdade depois de terem cumprido na íntegra a pena a que foram condenados. E há ainda três que cumprem «pena perpétua» no Estado francês: Jakes Esnal, Frederik Haranburu e Jon Parot.
A Etxerat recorda que, actualmente, são catorze os presos e as presas que continuam atrás das grades apesar de sofrerem de doenças graves, destacando o caso de Txus Martin.
Neste sentido, referiram que vão iniciar uma ronda de contactos para acabar com a política penitenciária. Antes de apresentar o balanço, passaram um vídeo em que vários familiares e amigos dos presos explicam alguns casos, como o do basauritarra Txus Martín, gravemente doente. /
Fonte: naiz.info; http://paisbasco.blogspot.com.br/