Paciente infectado por variante indiana do coronavírus é intubado no Maranhão

Secretaria estadual de Saúde afirma que está monitorando todos os profissionais que atuam no caso para evitar a transmissão local da variante

Foto: Niaid

O secretário de Saúde do Maranhão, Carlos Eduardo Lula, informou neste sábado (22) que o paciente que está internado por conta da contaminação pela variante indiana do Sars-Cov-2 registrou piora em seu estado clínico e teve que ser intubado. Quinze tripulantes de um navio vindo da África do Sul com direção à capital São Luís testaram positivo para a doença e, pelo menos seis, foram contaminados pela cepa B.1.617.2.

Em entrevista à GloboNews, Carlos Lula disse que o único paciente internado teve que ser intubado em razão de uma piora. Ele está sendo tratado em em hospital particular da capital maranhense.

Os outros 14 que testaram positivo estão com sintomas leves ou assintomáticos. 9 pessoas testaram negativo, mas toda a tripulação da embarcação MV Shandong da Zhi segue de quarentena em alto mar.

O secretário afirmou que o estado tem tomado todas as precauções para evitar que essa internação promova a transmissão local da doença. “Não podemos ter uma terceira onda com uma variante dessas, por isso toda nossa preocupação para evitar transmissão local”, afirmou.

Toda a equipe médica que está lidando com casos da cepa indiana está sendo monitorada com testes de Covid. Esse procedimento está sendo monitorada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Risco de disseminação

O médico e neurocientista Miguel Nicolelis disse na sexta-feira (21) que o Brasil deveria ter feito um controle mais rígido de portos e aeroportos e que o Maranhão “não deve ser a única porta de entrada” da variante indiana. “A grande preocupação era evitar que essa variante chegasse ao Brasil o porquê tem causado um estrago tremendo na Índia. A identificação desses primeiros casos no Maranhã sugere que, primeiro: não deve ser a única porta de entrada; imagino outros relatos nos próximos dias, mas gera uma preocupação muito grande porque é uma variação de atenção”, explicou Nicolelis.

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