Por Ana Rosa Moreno, Puebla, México, para Desacato.info.
Tradução: Elissandro dos Santos Santana, para Desacato.info.
(Português/Español).
Nesta nota, voltarei a discorrer acerca de nossa série mexicana favorita #TheFuckingWall, porque assim batizou nosso excelentíssimo ex-presidente Vicente Fox. Porque, ao que parece, a construção do muro é um fato e já existem duas empresas israelenses, as mesmas que tornaram possível a manutenção da ocupação e a separação na Palestina, as que apresentaram projetos para a construção e para o sistema de segurança do muro; entretanto, o pior inimigo do mexicano segue sendo seu próprio governo.
O que aconteceu no México?
Desde que ao senhor Netanyahu lhe ocorreu meter a colher em assuntos que não lhe dizem respeito, a partir de sua conta no twitter, há uma crise diplomática que, sinceramente, eu comemoro, porque como você pode considerar alguém seu amigo se essa pessoa apoia quem te agride e, pior ainda, se esta mesma pessoa vive agredindo outras pessoas e ainda é muito cínico e se faz de vítima. A comunidade judeusionista mexicana se distanciou do super tweet do primeiro ministro israelense e repudiou a construção e, ao mesmo tempo, mostrou seu apoio aos imigrantes ilegais que vivem nos Estados Unidos. Em Israel (Estado ocupante e ilegal, não se esqueçam) rapidamente, o Ministério das Relações Exteriores informou que o tweet não possui relação com o México, porque, ao que tudo indica, há outro país que está sob o controle dos Estados Unidos e acima do México. E o nosso ilibado aprendiz de direito diplomático, o Secretário de Relações Exteriores (SRE), Luis Videgaray, fez parecer que não sabia de nada e lembrou que o México sempre manteve uma amizade com o país sionista.
Porém, não se perdeu o bonito costume da SRE para se juntar à condenação internacional contra a decisão do Parlamento de Israel de legalizar os assentamentos que os colonos israelenses construíram ilegalmente sobre propriedades privadas dos palestinos na Cisjordânia. E digo bonito costume porque não passa disso; um mínimo rompimento nas relações me faria acreditar nos discursos do Ministério das Relações Exteriores ou que se uniu à campanha de Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS) a Israel, mas não. A SRE convidou a reverter esta decisão já que a expansão das colônias ilegais nos territórios palestinos representa um obstáculo enorme ao processo de paz.
Voltando ao tema do muro, quais são as empresas israelenses que buscam obter o contrato para a construção do muro de Trump?
A primeira é a Magal Security Systems, que tem contribuído para o cerco à Faixa de Gaza, ademais, a construção do muro da separação na Cisjordânia; os empresários desta empresa asseguram a garantia de seu produto já que o provaram na Palestina; além disso, esta empresa proporciona sistemas de segurança para os acampamentos da OTAN e também busca contrato para construir uma barreira de 425 milhas ao longo da fronteira do Quênia com a Somália. O curioso é que o governo federal do México, o estatal e o municipal já utilizaram os serviços da Maga Security Systems.
A outra empresa é uma fabricante de armas israelenses, Elbit Systems, que, de fato, já recebeu um contrato de 145 milhões de dólares por parte da administração de Obama para equipes de vigilância ao longo da fronteira entre Estados Unidos e México.
Enquanto se assina a ordem executora para a construção do muro fronteiriço aqui no México, nosso lindo presidente já não sabe o que fazer ou o que dizer tamanha a sua incapacidade para resolver problemas deste tipo que tem conduzido em segredo as negociações que chegaram até ele sobre o tema do muro.
Porém, graças aos noticiários que vieram à tona sobre estas ditosas conversações, podemos afirmar algo que é evidente: a inaptidão e a submissão de nosso presidente ante um chefe de Estado prepotente, racista e enfadonho.
E uma vez mais, graças a esses vazamentos saiu a notícia sobre o possível envio do exército estadunidense ao território mexicano para acabar com os “Bad Homens”. Assim, Donald Trump pretende terminar com o narcotráfico sendo seu país um dos maiores consumidores da droga proveniente do México.
Também o que se sabe é que Luis Videgaray, o aprendiz do Ministério das Relações Exteriores, que sem conhecimentos em assuntos diplomáticos, negociação ou resolução de conflitos, viajou a Washington para revisar e mudar alguns parágrafos com Jared Kushner, genro de Trump, para suavizar a opinião do povo mexicano acerca do muro; esta notícia não está confirmada, porém, é um fato que esse muro será construído e que o pagaremos; o pior é que nem contas vão prestar ao povo mexicano.
No domingo 12 de fevereiro, levou-se a cabo uma passeata convocada pela nata da sociedade mexicana, políticos, empresários, cientistas políticos e demais pessoas que formam a direita mexicana para se manifestar contra o presidente estadunidense Donald Trump e mostrar seu apoio ao presidente Enrique Peña Nieto, esse lindo presidente que chegou ao poder graças a uma fraude eleitoral, que com suas reformas estruturais nos conduziu à crise, que foi incapaz de resolver o caso Ayotzinapa no qual 43 estudantes desapareceram por mão e obra da polícia municipal com a ajuda do exército e do crime organizado, que é o autor intelectual de crimes como é o caso Atenco, em que a polícia atuou com pleno uso da violência contra os manifestantes e terminou com dois mortos, 207 pessoas presas (entre elas 10 menores de idade), 146 prisões arbitrárias, a deportação de cinco estrangeiros e queixas contra elementos policiais por assédios e estupros de 26 mulheres.
Sob o lema de #VibraMéxico, saíram às ruas vestidos de branco os alienados do Partido Revolucionário Institucional (PRI), porém, não contaram com a presença dos verdadeiros manifestantes que marcharam para lembrar-nos que o perigo real é Peña Nieto, seu gabinete e todo o aparato do Estado em seus três níveis. Embora alguns contingentes tenham sido presos, o grito de “Fora Peña” se escutou com força. Também protestaram contra o gasolinaço já que ainda não ocorreu a segunda alta do preço dos combustíveis prevista para 4 de fevereiro passado, por medo de mais saques ou ações violentas e, além disso, saíram com o pretexto de que em âmbito internacional o preço do petróleo bruto não subiu e, basicamente, estamos nivelados, mas o seguinte gasolinaço que será dia 18 de fevereiro está a caminho.
O tema do muro seguirá dando o que falar, porém, também os gasolinaços, a crise econômica, a impunidade e a corrupção. Espero que o mexicano entenda que não deve votar pelo mesmo partido que já leva mais de 70 anos no poder e que há apresentado submissão ante o país do norte, porque aqui os afetados somos nós.
Otra vez hablando del mentado muro de Trump
Por Ana Rosa Moreno, Puebla, México, para Desacato.info.
Otra vez hablando del mentado muro de Trump
Por: Ana Rosa Moreno
Fuente: Revista Proceso
En esta emisión volveremos hablar de nuestra serie mexicana favorita #TheFuckingWall porque así lo bautizo nuestro excelentísimo ex-presidente Vicente Fox. Porque al parecer la construcción del muro es un hecho y ya hay dos empresas israelíes, las mismas que han hecho posible el mantenimiento de la ocupación y el apartheid en Palestina las que han presentado proyectos para la construcción y el sistema de seguridad del muro, sin embargo, el peor enemigo del mexicano sigue siendo su propio gobierno.
¿Qué ha pasado en México?
Desde que al señor Netanyahu se le ocurrió meter su cuchara en asuntos que no le corresponde desde su cuenta de twitter, hay una crisis diplomática la cual sinceramente yo celebro porque cómo puedes considerar a alguien tu amigo si esa persona apoya a quien te está agrediendo y, peor aún, si esta misma persona se la pasa agrediendo a otras personas y todavía el muy cínico se hace la víctima. La comunidad judeosionista en México se deslindó del súper tweet del primer ministro israelí y repudió la construcción. Al mismo tiempo mostró su apoyo a los migrantes ilegales que residen en los Estados Unidos. Y en Israel (Estado ocupante e ilegal, no se les olvide) rápidamente la cancillería menciono que el tweet no tiene nada que ver con México, porque al parecer hay otro país que está debajo de Estados Unidos y arriba de México. Y nuestro intachable aprendiz de derecho diplomático, el Secretario de Relaciones Exteriores (SRE), Luis Videgaray, se hizo como el que no sabía nada y recordó que siempre han mantenido una amistad con el país sionista.
Pero eso sí, no se perdió la bonita costumbre de la SRE de sumarse a la condena internacional contra la decisión del Parlamento israelí de legalizar los asentamientos que colonos israelíes construyeron ilegalmente sobre propiedades privadas de palestinos en Cisjordania. Y digo bonita costumbre porque no pasan de ahí, mínimo un rompimiento de relaciones me haría creer en los discursos de mi cancillería o que se unieran a la campaña de Boicot, Desinversión y Sanciones a Israel (BDS), pero no. La SRE invitó a revertir esta decisión ya que la expansión de las colonias ilegales en los territorios palestinos representa un obstáculo mayor al proceso de paz.
Regresando al tema del muro, ¿cuáles son las empresas israelíes que buscan obtener el contrato para la construcción del muro de Trump?
La primera es Magal Security Systems, quien ha contribuido en el asedio en la Franja de Gaza además de la construcción del muro del apartheid en Cisjordania. Los empresarios de esta firma aseguran la garantía de su producto ya que lo han probado en Palestina, además, esta empresa proporciona sistemas de seguridad para los campamentos de la OTAN y también busca ser contratada para construir una barrera de 425 millas a lo largo de la frontera de Kenia con Somalia. Lo curioso es que el gobierno mexicano federal, estatal y municipal ha ocupado de los servicios de Maga Security Systems.
La otra empresa es la fabricante de armas israelí, Elbit Systems, que, de hecho, ya recibió un contrato de 145 millones de dólares por parte de la administración Obama para equipos de vigilancia a lo largo de la frontera entre Estados Unidos y México.
Mientras se firma la orden ejecutiva para la construcción del muro fronterizo aquí en México nuestro guapísimo presidente ya no sabe qué hacer o qué decir, tal es su incapacidad para resolver problemas de este tipo y que ha llevado en secreto las conversaciones que se han llegado a dar sobre el tema del muro.
Pero gracias a que han salido a la luz informes sobre esas dichosas conversaciones, podemos afirmar algo que es evidente: la ineptitud y sumisión de nuestro presidente ante un jefe de Estado prepotente, racista y berrinchudo.
Y una vez más, gracias a esas filtraciones salió la noticia sobre el posible envío del ejército estadounidense al territorio mexicano para acabar con los “Bad Hombres”, así es, Donald Trump pretende terminar con el narcotráfico siendo su país uno de los mayores consumidores de la droga proveniente de México.
También lo que se sabe es que Luis Videgaray, el aprendiz en la cancillería que sin conocimientos en asuntos diplomáticos, negociación o resolución de conflictos, viajó a Washington a revisar y cambiar algunos párrafos con Jared Kushner, yerno de Trump, para suavizar la opinión del pueblo mexicano acerca del muro. Esta noticia no está confirmada pero es un hecho que ese muro se construirá y que lo pagaremos. Lo peor es que ni cuenta nos vamos a dar.
El domingo 12 de febrero se llevó a cabo una marcha convocada por la crema y nata de la sociedad mexicana, políticos, empresarios, politólogos y demás personas que conforman la derecha mexicana para salir a manifestarse en contra del presidente estadounidense Donald Trump y mostrar su apoyo al presidente Enrique Peña Nieto. Sí, ese guapo presidente que llegó al poder gracias a un fraude electoral, que con sus reformas estructurales nos ha llevado a la crisis, que ha sido incapaz de resolver el caso Ayotzinapa en que 43 estudiantes desaparecieron por mano y obra de la policía municipal con ayuda del ejército y el crimen organizado, que es el autor intelectual de crímenes como el caso Atenco donde la policía actuó con pleno uso de violencia contra los manifestantes y termino con dos muertos, 207 personas detenidas (entre ellas 10 menores de edad), 146 detenciones arbitrarias, la expulsión de cinco extranjeros y quejas contra elementos policiacos por presuntas vejaciones y violaciones sexuales a 26 mujeres.
Bajo el lema de #VibraMéxico, salieron a las calles vestidos de blanco los alienados del Partido Revolucionario Institucional (PRI), pero no contaron con la presencia de los verdaderos inconformes que marcharon para recordarnos que el peligro real es Peña Nieto, su gabinete y todo el aparato del Estado en sus tres niveles. Aunque algunos contingentes fueron encapsulados, el grito de “Fuera Peña” se escuchó con fuerza. También protestaron contra el gasolinazo porque aunque no se dio la segunda alza del precio de las gasolinas el 4 de febrero por miedo a más saqueos o acciones violentas y además salieron con el pretexto de que a nivel internacional el precio del crudo no subió y básicamente estamos nivelados. El siguiente gasolinazo que será el 18 de febrero viene en camino.
El tema del muro seguirá dándonos de qué hablar pero también los gasolinazos, la crisis económica, la impunidad y la corrupción. Espero que por fin el mexicano entienda que no debe votar por el mismo partido que ya lleva más de 70 años en el poder y que ha presentado sumisión ante el país del Norte, porque aquí los afectados somos nosotros.