A Orquestra Sinfônica de Santa Catarina (OSSCA) apresenta o seu concerto mais simbólico, o BRAVO SC, em 25 de novembro, sexta-feira, às 20h30, no Teatro Ademir Rosa, do Centro Integrado de Cultura (CIC). Nesta edição comemorativa aos 23 anos de atividades da OSSCA, o espetáculo será de homenagens àqueles que fizeram parte da trajetória dessa que é a orquestra mais antiga do estado. A noite de celebração vai contar com o lançamento oficial do site da Ossca. Os ingressos podem ser retirados gratuitamente nos teatros Ademir Rosa, Álvaro de Carvalho e Pedro Ivo. Para acessar o evento é necessária a entrega de um brinquedo novo ou usado em bom estado de conservação. Toda a arrecadação do evento beneficente será doada a organizações que atendem crianças na Grande Florianópolis.
A OSSCA, que ao longo de suas temporadas anuais tem apresentado um repertório variado entre o erudito e o popular, neste evento mescla a música sinfônica com a participação de solistas, ao mesmo tempo em que presta tributo aos 180 Anos de Nascimento do maior compositor de ópera brasileiro, Antonio Carlos Gomes, tocando sua obra mundialmente mais conhecida, a Abertura da Ópera Il Guarany.
Bravo SC terá como convidados especiais o pianista cubano Mohamed Abraham Builo Michel, interpretando “Rhapsody in Blue”, do compositor estadunidense George Gershwin, e os solistas catarinenses, violinista Talita Limas da Silva Alves, interpretando o “Desafio No. 3 para Violino e Orquestra de Cordas”, de Marlos Nobre, e o barítono Schäfer Júnior, que irá cantar “Bendita Seja a Terra de Santa Catarina”, do compositor catarinense Padre Ney Brasil Pereira (primeira audição mundial). O evento é patrocinado pelo Governo do Estado de Santa Catarina e apoiado pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC) e UNIESP/BARDDAL.
Cultura de orquestra
Nesses 23 anos de história, a OSSCA promoveu a cultura de orquestra no Estado, fomentando a formação de músicos, a abertura de escolas de música, criação de grupos de câmara e cameratas, entre outros. Muitos dos grupos de música erudita existentes hoje tiveram como ponto de partida a sinfônica catarinense. A OSSCA foi responsável pela primeira temporada anual de concertos sinfônicos nos teatros da capital. “A orquestra tem esse papel de produzir eventos grandiosos, puramente sinfônicos, e outros com solistas na área de óperas, musicais e até popular. Através dos anos, tivemos um crescimento técnico, interpretativo e de fechamento das lacunas em todos os naipes orquestrais. Tudo isso graças à bravura daqueles que têm acompanhado a sinfônica: músicos que participaram dessa façanha de fazer música pura com toda maestria e maior respeito aos compositores das obras. Precisamos homenagear essas figuras”, afirma o maestro José Nilo Valle, diretor artístico e regente da OSSCA.
Segundo o maestro, a sinfônica tem pela frente o desafio maior de manter uma programação constante, que possibilite a inclusão social dos músicos e que continue a motivar o público para apreciar esse tipo de espetáculo. “O músico precisa externar sua arte e atuar profissionalmente. Que isso seja compactuado com todos, poder público, iniciativa privada e povo. Nossa visão de futuro é que tenhamos uma orquestra tão atuante quanto as de outros estados do Brasil e do mundo, valorizadas como tal”, afirma.
Patrimônio de SC
A orquestra sinfônica é um Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural de Santa Catarina desde 2009 e está na Constituição do Estado como uma das instituições culturais que devem receber recursos para sua manutenção. Possui atualmente um grupo gestor voluntário, que inclui um coletivo de artistas dedicados e engajados em projetos sociais, entre eles, os músicos André Souza Almeida, presidente, Bárbara Policarpo, vice-presidente, Silvio César Nazário, tesoureiro, e Bárbara Vasques, secretária.