Os patéticos heróis e vilões da Celesc

herois

Sinergia.- Um ambiente completamente doente, com sérios problemas de afirmação e sem noção do ridículo. Assim pode ser descrita a triste Diretoria de Relações com Investidores da Celesc (DRI) que há pouco tempo resolveu mostrar toda sua “criatividade”, diante do Conselho de Administração da empresa. Pediram um tempo na reunião para apresentar uma série de slides plagiados de histórias em quadrinhos. O diretor e vários trabalhadores do DRI surgiram vestidos de super-heróis (Capitão América, Mulher Maravilha, etc) que lutam contra os celequianos “normais” – estes, é claro, os vilões da história, reles burocratas contrários a qualquer “boa iniciativa”. Na história, a Celesc é um planeta desabitado de idéias que em janeiro de 2012 é “invadido” pelo “novo estatuto social”.  Não contaram que a partir desta data as ações da Celesc desvalorizaram, tamanho o “empenho” da DRI. Fica a pergunta constrangedora: será que usam expedientes tão infantis também na relação com os investidores da Celesc?

Além de constrangimento, (alguns trabalhadores representados tiveram sua imagem usada sem consentimento e estão desconfortáveis em circular pela empresa) a história em quadrinhos provocou revolta: custou R$ 12.500 reais aos cofres da Celesc. Foi paga a uma agência paulista em forma de PCDL (processo de dispensa de licitação), sob a rubrica “Slides Institucionais”.

Ao final, no último slide, tudo se esclarece. O objetivo do drama é patético: pedir um aumento de postos de trabalho (6) para a DRI, passando por cima das determinações do grupo de trabalho sobre o quadro de lotação.

Para o Sinergia, o Diretor de Relações com Investidores mostrou sua faceta centralizadora, arrogante, ofensiva e “copiadora”: foi incapaz de criar algo novo, usou idéias alheias. Plagiou os bonecos da Marvel e DC Comics assim como plagiou a famigerada mudança estatutária, nada mais do um copião do estatuto e estrutura da Cemig.

Afinal, o que importa é o dinheiro, é o que pensa o mercado. O quanto os investidores serão atraídos com este discurso? Quem se importa se os trabalhadores

cada vez mais são explorados e submetidos a jornadas excessivas, que lhes imputam o risco de morte e doenças laborais? De que importa que as inúmeras gestões deste mesmo grupo que hoje indica os Diretores (e assessores) na Celesc implementou a cultura do sucateamento que tanto mal fez à Celesc? Que importa que a terceirização mata?

Foto: www.94fm.com.br –

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