A cada ano as correntes migratórias forçadas, com seu trânsito enchido de morte, miséria, ódio, xenofobia, perseguição e tráfico de pessoas, se tornam uma paisagem comum na crise estrutural do capitalismo.
Um dos pontos mais dramáticos desta mazela universal se encontra em América Central. Milhares de pessoas diariamente fogem da fome de Honduras, Guatemala, El Salvador, atrás do velho “sonho americano”. Muitas não conseguem, ficam pelo caminho, morrem na tentativa, são enganadas por traficantes e bandas que lucram com a dor e o desespero, e voltam ao país de origem ou ficam perambulando, particularmente no México, “porta” principal de entrada aos Estados Unidos. Uma porta fechada por mais de 3 mil quilômetros de muro inumano, violente e perigoso, construído pela maior e mais rica potência mundial.
A chegada, há 3 anos, de Manuel López Obrador, ao governo mexicano, em nada mudou a situação. A agonia continua, o desespero segue sua saga de impotência e exclusão. As migrações forçadas são a maior crise humanitária contemporânea.
Sobre esse assunto de extrema relevância para nossa Pátria Grande, conversamos com o professor de comunicação social e jornalismo da Universidade Nacional Autônoma de México, Armando “Nano” Carballal Cano.
A entrevista completa está no vídeo abaixo: