Entreouvido na Vila Vudu: a imprensa-empresa no Brasil (entenda-se grupo GAFE – Globo, Abril, Folha de SP, Estadinho) IGNORA E ENSINA A IGNORAR completamente a criação do Banco de Desenvolvimento do Sul e absolutamente não informa sobre o tema… A rede Russia Today não encontrou fonte de onde recolher informação sobre o que o Brasil deseja desse Banco de Desenvolvimento do Sul. Não é im-pres-sio-naante?!
Os países BRICS preveem criar seu próprio banco de desenvolvimento até o final de março, com o objetivo de investir em projetos sustentáveis de infraestrutura e desenvolvimento para seus integrantes, sem ter de passar pela moeda nacional dos EUA, o dólar.
O capital inicial do banco do grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul está estimado em 50 bilhões de dólares. Prevê-se que a criação do Banco de Desenvolvimento dos BRICS seja oficialmente anunciada durante a Reunião de Cúpula que acontecerá na África do Sul, nos próximos dias 26 e 27 de março.
Os BRICS planejam aumentar os investimentos, dado que a necessidade de financiar projetos internos da organização pode chegar a 15 bilhões de dólares nos próximos vinte anos. Além disso, a aliança espera reduzir sua dependência das outras grandes economias do mundo, eliminando a necessidade de negociar em dólares e em euro, nas transações internacionais.
Um dos principais argumentos a favor da criação do novo banco foi precisamente a baixa porcentagem de apoio aos países em desenvolvimento, hoje esquecidos pelas grandes instituições de financiamento controladas pelos EUA e a União Europeia.
Em janeiro passado, um diplomata sul-africano, que trabalha na organização da reunião de cúpula do bloco, anunciou que os países integrantes do bloco BRICS estão próximos de um acordo para criar seu banco de desenvolvimento regional. Com essa decisão, segundo alguns analisas, a China aspira a ampliar o território de uso de sua moeda nacional, o yuan; a Índia quer atrair investimentos estrangeiros; e a Rússia quer fortalecer sua influência geopolítica, na sequência do crescimento de seus índices econômicos.