Ansa.- O grupo opositor chileno Concertación de Partidos Por la Democracia entrou nesta quarta-feira (31/10) com um pedido no tribunal eleitoral do país pela falta de um milhão de votos e acusou o governo de inoperância, por ainda não atualizar os resultados das eleições municipais realizadas em todo país no último domingo (28/10).
O caso dos votos “perdidos” afeta principalmente os municípios de Valparaiso, Arica, Copiapó, Renca e La Florida, onde vários candidatos reclamaram pela irregularidade e disseram que o vice-ministro do Interior, Rodrigo Ubilla, reconheceu “inconsistência” nas atas eleitorais.
“O Ministério do Interior não incorporou na sua recontagem preliminar das eleições de domingo passado mais de um milhão de votos, o que representaria por volta de 20% dos votos emitidos”, afirma a oposição. “O processo de qualificação das eleições no Chile não corresponde ao governo, mas sim a Tribunais independentes. Mesmo assim, a informação da recontagem por parte do Ministério do Interior tem por objetivo contribuir para a transparência do processo, o que neste caso não aconteceu”, acrescentou.
Os opositores anunciaram que recorrerão aos Tribunais Eleitorais Regionais e ao Tribunal Qualificador das Eleições “para, exercendo os direitos que nos confere a lei, assegurar que a vontade dos chilenos manifestada no domingo passado seja respeitada”, encerra o texto assinado por Álvares Elizalde (OS), Alejandro Bahamondes (PPD), Juan Andrés Lagos (PC), Enrnesto Valesco (PRSD) e Victor Maldonado (DC).
A Rádio BíoBío informou que uma escola de Lo Espejo, no setor sul de Santiago, foram encontrados votos e atas da votação no interior de uma caixa no lixo. Um funcionário do estabelecimento foi quem encontrou a caixa e fez a denuncia da irregularidade à polícia. O fiscal da zona sul, Marcelo Apablaza, explicou à rádio que já foi determinado que os votos são originais e que deveriam ter sido entregues junto com os demais que não foram utilizados.
Fonte: http://operamundi.uol.com.br
