Nações Unidas, 25 abr (Prensa Latina) O Conselho de Segurança estendeu por mais um ano o mandato da Missão da ONU no Saara Ocidental (Minurso) e exigiu de Marrocos e da Frente Polisário uma maior vontade política para chegar a uma solução.
Os 15 membros desse órgão aprovaram uma resolução eliminando a proposta inicial para que a missão assumisse a responsabilidade de observar a situação dos direitos humanos no território ocupado por Marrocos desde 1976.
O tema só aparece na parte introdutória do texto como um chamado às partes em conflito para continuar seus esforços “para melhorar a promoção e proteção dos direitos humanos no Saara Ocidental e o acampamento de refugiados de Tinduf”.
O Conselho de Segurança também fez um chamado a uma maior vontade política que permita criar uma atmosfera propícia ao diálogo a fim de iniciar “uma fase mais intensiva e substantiva das negociações”.
Além disso, cobra a continuação de conversas “sem condições prévias e de boa fé”, com o objetivo de conseguir uma solução política justa, duradoura e mutuamente aceitável “que preveja a livre determinação do povo do Saara Ocidental”.
A Minurso foi criada em 1991 e agora está integrada por 230 efetivos de trinta países, entre eles os latino-americanos Argentina, Brasil, El Salvador, Honduras, Paraguai, Peru, e Uruguai.
A ONU auspicia um processo de negociações que teve uma fase oficial inicial interrompida em 2008 e que foi seguida de nove rodadas de contatos informais, paralisados também desde março do ano passado.
O Saara Ocidental é um dos 16 chamados territórios não autônomos a cargo do comitê especial de descolonização das Nações Unidas.