ONU admite que negros e sul-asiáticos foram alvos de racismo ao fugirem da Ucrânia

Racismo foi admitido por autoridades da ONU após vários refugiados negros, sul-asiáticos e mediterrâneos relatares nas redes terem sido bloqueados nas fronteiras

(Foto: Reprodução/ Twitter)

O alto comissário para os refugiados da Organização das Nações Unidas (ONU), Filippo Grandi, reconheceu em um comunicado nesta terça-feira (1º) que refugiados enfrentaram racismo nas fronteiras da Ucrânia.

O oficial sênior de relações externas da filial britânica do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), Christine Pirovolakis, disse ao The Independent:

“O ACNUR está ciente e acompanha os relatos de indivíduos que enfrentam desafios entrando na Polônia vindos da Ucrânia.

“Defendemos o acesso à segurança para todos, independentemente de seu status legal, nacionalidade e raça, bem como o acesso ao asilo para aqueles que desejam solicitar asilo”, afirmou.

Denúncias nas redes

As declarações ocorreram após vários refugiados negros, sul-asiáticos e mediterrâneos relatares nas redes terem sido bloqueados nas fronteiras enquanto tentavam fazer travessias, enquanto ucranianos brancos eram priorizados.

Negros que vivem na Ucrânia contaram ao The Independent que foram abandonados durante o agravamento da crise. Eles compartilharam suas experiências nas redes sociais nos últimos das.

Organizações, funcionários do governo e figuras públicas de todo o mundo condenaram o tratamento discriminatório, incluindo o prefeito de Londres Sadiq Khan, a artista americana Beyoncé e a União Africana.

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