ONU: 192 a favor e 2 abstenções em resolução sobre embargo a Cuba

Sessão na Assembleia Geral para votação na resolução que pede o fim do embargo a Cuba. Foto: ONU
Sessão na Assembleia Geral para votação na resolução que pede o fim do embargo a Cuba. Foto: ONU

Por Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.

Como em todos os anos, a Assembleia Geral das Nações Unidas colocou em votação, nesta quarta-feira, uma resolução pedindo o fim do embargo econômico e comercial imposto pelos Estados Unidos a Cuba.

O governo estadunidenseONU: 192 a favor e 2 abstenções em resolução sobre embargo a Cuba, que durante 24 anos votou contra o documento, tomou uma decisão histórica. Quem fez o anúncio na Assembleia Geral foi a embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Samantha Power.

Abstenção

A embaixadora foi bastante aplaudida ao declarar que os Estados Unidos sempre foram contra a resolução, mas desta vez, o país decidiu se abster da votação.

Samantha Power lembrou que há dois anos, o presidente Barack Obama afirmou ser contra o bloqueio e pediu para o Congresso retirar o embargo.

Mas o país rejeita o texto da resolução da Assembleia Geral, que segundo a embaixadora, sugere que as ações do seu país contra Cuba vão contra a Carta da ONU e leis internacionais.

Diálogo

O resultado final entre os países-membros da ONU foi de 191 votos a favor da resolução e duas abstenções, dos Estados Unidos e de Israel. Foi a primeira vez que não houve nenhum voto contra.

O ministro das Relações Exteriores de Cuba participou da votação. Bruno Rodríguez Parrilla reconheceu que nos últimos dois anos, houve avanços no diálogo e na cooperação entre os dois países.

O ministro ressaltou, entretanto, que o bloqueio econômico, comercial e financeiro persiste, provocando danos ao povo cubano e criando obstáculos ao desenvolvimento econômico do país.

Segundo Rodríguez Parrilla, o embargo tem um caráter extraterritorial, que afeta diretamente os Estados-membros das Nações Unidas. O ministro cubano lembrou que o próprio presidente americano e outros alto funcionários chegaram a classificar o bloqueio de “obsoleto”.

Fonte: UN Multimedia.

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