Por Roberto Liebgott/CIMI Sul.
Tu vens de novo!
Não nos deixará,
Te refazes aceleradamente.
E retomas caminhos,
Somos teus agora,
Não te afastaras.
Ficarás dentro de nós,
Em nossas entranhas,
Nos pulmões e corações,
Nas bocas e narinas,
Quer que o sintamos,
Pretende nos ensinar algo.
Já se passaram dois anos,
Milhões de infectados.
Não aprendemos nada,
Teimosamente somos os mesmos,
Ainda como éramos antes,
Mas piores do que nossos pais.
Teu nome já nem sei,
Foram tantos,
Variantes sobre variantes,
Mas és tu agora Ômicron,
Vírus que se hospeda
em nós,
Fazes da gente tua morada.
Vens como uma ventania,
Derrubando o mercado de valores,
Contrariando a vacina,
Acordando os adormecidos,
Desnorteando a ciência,
Instigando a ambição dos laboratórios.
Vens com fúria,
Deixando teus rastros de dor,
De desespero nos olhos dos pobres,
Dos desvalidos e adoentados,
Vítimas das injustiças do sistema,
E agora também de ti.
Não aprendemos nada contigo,
Mas tu desagradas menos os quem tem muito,
E afliges desgraçadamente
Aqueles que nada tem.
Adotas uma metodologia atravessada,
E erras, ó vírus da morte, os alvos!