No início de setembro, eram grandes manchas de óleo que apareceram pelas praias da costa do Nordeste. Quase dois meses depois, do começo de um dos piores desastres ambientais que o país enfrentou até hoje, são apenas pequenos fragmentos de petróleo. Ainda assim, infelizmente, a tragédia não acabou.
Nos últimos dias, os vestígios de óleo chegaram às praias capixabas. Segundo o boletim diário divulgado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama), em 13/11, já são 21 localidades afetadas no Espírito Santo.
Somadas a todas as outras praias atingidas pelo óleo, nos nove estados da região Nordeste, são 546 praias que foram contaminadas ao longo dos últimos dois meses, em 112 municípios – a maioria delas já foi limpa.
No sul da Bahia, desde o começo da semana, o óleo voltou a aparecer em Nova Viçosa, Mucuri, Prado, Cairu e Maraú.
Ainda no estado, o Ibama resgatou aves marinhas contaminadas pelo petróleo. Segundo informações do órgão, divulgadas no Instagram, os atobás foram encaminhados para o Instituto de Pesquisa e Reabilitação de Animais Marinhos (IPRAM), no Espírito Santo, onde passarão por tratamento de limpeza e reabilitadas.
Pelo levantamento do Ibama, o número de animais mortos chega a 98, a grande maioria, tartarugas marinhas.
A expectativa agora é se os resíduos chegarão ao Rio de Janeiro. O governo estadual já montou um grupo de trabalho especial para a vigilância da costa fluminense, dessa maneira, será possível garantir uma resposta rápida, caso o petróleo atinja a região.