Por Suzana Sedrez.
Talvez o complemento da pergunta pudesse ser: os homens machistas, misóginos e fascistas. No entanto, antes que me mandem “tomar o remedinho” explico o ponto de vista desta abordagem.
Morreu Marielle Franco. Negra, favelada, lésbica, mãe, vereadora do Rio de Janeiro pelo PSol e socióloga. Entre outras lideranças mortas, esta era uma voz dos direitos humanos que foi calada por denunciar os abusos da intervenção midiática e marqueteira de homens, brancos e velhos, que estão ocupando o poder sem representação pelo voto.
Sim, “ele” era o vice da honesta e legítima Dilma Roussef, do PT, que sofreu o golpe parlamentar sob a batuta do poder Judiciário, via STF. O partido “dele” estava entre os vários partidos alinhados para governar o País, mas ela foi traída por forças articuladas pela geopolítica que agiram (e continuam agindo) através “dele” e de outros golpistas e entreguistas da soberania do Brasil ao Imperialismo, que recompõe suas forças no planeta.
Vivemos sob a égide de narrativas em disputas, na qual a palavra de ordem que se impõe é RESISTÊNCIA pelo feminismo, cuja luta acolhe todas as lutas por outras condutas, narrativas, estruturas e projeto de sociedade que objetivam não “temer” o novo que explode de dentro do velho sistema patriarcal.
Cultura evoca a ideia de cultivar e também de sacudir evidências. Se tem começo, tem fim. Se foi construído pode ser desconstruído e reconstruído.
É preciso rever esse passado e encontrar outros sentidos para o futuro, a partir de ações concretas no presente, pois somos as descendentes das bruxas que escaparam das fogueiras falocentricas.