Ipea apresenta potencial de redução da extrema pobreza do Brasil Carinhoso
Nota técnica conclui que a ampliação da ação do governo federal torna residual a existência de pessoas com renda abaixo de R$ 70 e retira as crianças de até 15 anos da linha de vulnerabilidade social
Brasília, 27 – Estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgado nesta quarta-feira (26) mostra que a ampliação da Ação Brasil Carinhoso, coordenada pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), tem alto potencial para a redução da extrema pobreza. A nota técnica “O Bolsa Família depois do Brasil Carinhoso: uma análise do potencial de redução da pobreza extrema” traz simulações que apresentam, ano a ano, como os benefícios do Bolsa Família evoluíram e impactam para que a população melhore sua renda familiar.
Baseado em simulações a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2011, o levantamento aponta que a extrema pobreza na população de até 15 anos seria apenas residual, caindo de 5,9%, no ano passado, para 0,6%. Já o total da população que se manteria com renda mensal inferior a R$ 70 chegaria a 0,8%. “Acho que essa é a melhor notícia do final do ano, que é ter tirado 16,4 milhões de pessoas da extrema pobreza no Brasil”, diz a ministra Tereza Campello, sobre o efeito da complementação financeira lançada em maior de 2012 e ampliada a partir deste mês.
No documento, os autores Rafael Guerreiro Osorio e Pedro H. G. Ferreira da Souza concluem que o governo está no caminho certo dentro da estratégia realizada no Brasil Sem Miséria. “De acordo com as simulações, a mudança no desenho de benefícios introduzida pelo Brasil Carinhoso pode fazer com que o Bolsa Família dê um grande salto de efetividade no combate à extrema pobreza. Mais importante, pode produzir a situação inédita na história brasileira de termos as crianças de zero a 15 anos com taxa de pobreza extrema próxima à da população em geral”, destacam os pesquisadores.
Brasil Carinhoso – A Ação Brasil Carinhoso foi lançada pela presidenta Dilma Rousseff, em maio deste ano, para todas as famílias extremamente pobres com crianças de até seis anos. Elas começaram a receber uma complementação no Bolsa Família, para que a renda de cada componente supere R$ 70 por mês.
Em novembro, a ação foi ampliada, passando a incluir as famílias em situação de extrema pobreza com crianças e jovens até 15 anos. A previsão do MDS é que foram pagos quase R$ 320 milhões em dezembro apenas no benefício do Brasil Carinhoso.
Ascom/MDS
www.mds.gov.br/saladeimprensa
Para baixar Nota Técnica completa sobre o Programa Brasil Carinhoso, clique aqui.
Fonte: Advivo