Por , Revista Fórum.
Uma das principais promessas do então candidato Lula (PT) à presidência da República era retirar o Brasil da situação de pária internacional e devolvê-lo ao sua histórica posição em políticas internacionais: líder e referência. Spoiler: o presidente já deu início a realização de tal promessa eleitoral.
O presidente Lula apresentou nesta semana à Organização Mundial da Saúde (OMS) uma proposta de criar um plano global de saúde indígena. Tal ideia, segundo o jornalista Jamil Chade, no UOL, já conta com o apoio de diversos países das Américas, inclusive dos presidentes Nicolás Maduro (Venezuela) e Joe Biden (EUA).
Nesta quarta-feira (1) foi uma realizada uma reunião em Genebra onde representantes do Itamaraty e do Ministério da Saúde apresentaram às demais delegações a primeira versão da proposta de se criar um plano global de saúde indígena.
Fontes do governo afirmam que, pelo menos 13 países já sinalizaram apoio à proposta, entre eles, Venezuela e EUA, duas nações comandadas por governos que vivem uma situação de atrito diplomático.
Além da Venezuela e dos EUA, também apoiam a proposta do governo Lula: Canadá, Peru, México, Guatemala, Equador, Colômbia, Paraguai, Argentina, República Dominicana, Guiana e Haiti.
A atitude do governo Lula de apresentar a proposta de saúde global indígena já causou impacto entre as missões diplomáticas ao redor do mundo, que já entenderam que o país voltou ao jogo internacional e que quer retomar o posto de liderança e referência que historicamente ocupou.
O plano de saúde global indígena na OMS envolve os seguintes pontos:
– Desenvolver um Plano Global para a Saúde dos Povos Indígenas;
– Fornecer apoio técnico para o desenvolvimento de planos nacionais com estratégias específicas orientadas para os territórios e comunidades indígenas;
– Proteção e melhoria da saúde; pesquisa sobre saúde dos povos indígenas; abordagem intercultural das políticas públicas;
– Reforçar os sistemas de saúde tradicionais dos povos indígenas; prover mecanismos de consulta aos povos indígenas antes da tomada de decisões sobre questões que os afetam.
Com informações de Jamil Chade, no UOL.