La Haine.- O Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) anuncia sua decisão de encerrar o conflito armado com a Turquia, que já dura mais de 40 anos, informou a mídia Rudaw.
“O 12º Congresso Extraordinário do PKK avaliou que a luta do PKK rompeu a política de negação e destruição contra nosso povo, levou a questão curda ao ponto de resolução por meio de uma política democrática e, nesse sentido, o PKK completou sua missão histórica”, diz a resolução.
O documento destacou que o fim da luta armada estabelece uma base sólida para uma paz duradoura e uma solução democrática. Assim, o 12º Congresso, que contou com a participação de 232 delegados de 5 a 7 de maio, “decidiu dissolver as estruturas organizacionais do PKK”.
Nesse contexto, o congresso do partido também pediu às autoridades turcas que fornecessem ao fundador do PKK, Abdullah Ocalan, garantias legais para a resolução da questão curda por “métodos democráticos e políticos”. No final de fevereiro, Ocalan, que está cumprindo pena de prisão perpétua na Turquia, pediu que a organização depusesse as armas e encerrasse suas atividades.
Enquanto isso, Omer Celik, porta-voz do Partido da Justiça e do Desenvolvimento (Ak Parti, em turco), que está no poder na Turquia, disse que a decisão do proscrito PKK de se autodissolver abre as portas para uma nova era na república e será um ponto de virada.
Fundado em 1978, o PKK se transformou, nos anos seguintes, em uma organização paramilitar e, desde 1984, vem lançando ataques – principalmente contra militares e instalações – em toda a Turquia, que, por sua vez, respondeu com bombardeios regulares nas bases da guerrilha no norte do Iraque e no nordeste da Síria.
Mas o ponto de inflexão e o início de sua degradação ocorreram quando, há alguns anos, o grupo concordou em se tornar uma força de choque para os EUA, colocando os corpos de seus militantes na frente das balas de organizações terroristas para evitar que soldados estadunidenses fossem mortos. Ao mesmo tempo, estavam desgastando as forças do presidente democraticamente eleito Assad várias vezes, facilitando assim o roubo do petróleo sírio pelo império.
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