“Onde estava Temer quando Dom Paulo arriscava a vida contra a ditadura?”, questiona o jornalista Paulo Nogueira, do DCM, sobre o pronunciamento de Michel Temer na véspera do Natal; “Temer fugiu do extenso velório de Dom Paulo por medo de ser vaiado. Por covardia. Por delírio: como alguém poderia pensar em vaias profanas num momento tão solene como o velório de Dom Paulo?”, questionou; “Em sua insuperável generosidade, Dom Paulo perdoaria Temer por citá-lo de forma tão vil e oportunista. Mas nós não somos Dom Paulo. Não perdoaremos. Não esqueceremos”
O jornalista Paulo Nogueira, do Diário do Centro do Mundo, criticou no último domingo, 25, a declaração de Michel Temer em rede de rádio e TV.
“Temer prometeu uma vitória contra tudo de ruim que está por aí. Uma vez que é ele mesmo o pior de tudo que está aí, chega a ser engraçado. Estadistas falam em combater o combate. Políticos pinguelas prometem vitórias em qualquer circunstância. Imagine Felipão no intervalo de Brasil e Alemanha, quando perdíamos de 5 a 0, dizendo que íamos virar e fazer 6 a 5 no segundo tempo. Foi esta a atitude de Temer”, comparou Nogueira.
Segundo o jornalista, entre tantos “pecados” em poucos minutos, o maior não30 disse respeito à economia ou à política. “O maior pecado — bem observado pelo jornalista Fernando Brito, do Tijolaço — foi a menção a Dom Paulo Evaristo Arns. Temer fugiu do extenso velório de Dom Paulo por medo de ser vaiado. Por covardia. Por delírio: como alguém poderia pensar em vaias profanas num momento tão solene como o velório de Dom Paulo?”, questionou.
“Onde estava Temer quando Dom Paulo arriscava a vida contra a ditadura? Em sua insuperável generosidade, Dom Paulo perdoaria Temer por citá-lo de forma tão vil e oportunista. Mas nós não somos Dom Paulo. Não perdoaremos. Não esqueceremos”, afirmou.
Fonte: Brasil247